Ex-parlamentar é acusado de encomendar a morte da ex-mulher
(Foto: Jefferson Rudy)
O ex-senador Telmário Mota, ex-membro do Congresso Nacional e figura proeminente da política de Roraima, foi preso na noite desta segunda-feira, no estado de Goiás, sob a acusação de encomendar o assassinato de Antônia Araújo de Sousa, sua ex-mulher e mãe de uma de suas filhas, segundo reportagem do Globo.
O ex-senador Telmário Mota foi alvo de uma operação da Polícia Civil de Roraima em seu estado natal mais cedo no mesmo dia. Segundo informações divulgadas pelo portal G1 e pela GloboNews, Telmário fugiu para Goiás durante as buscas por ele ao longo do dia. Ele é considerado o mandante do assassinato de Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos, que foi morta a tiros no dia 29 de setembro, quando se preparava para sair de casa para o trabalho.
Uma das linhas de investigação da Polícia Civil sugere que a morte de Antônia pode estar relacionada a acusações anteriores de estupro feitas por sua filha, fruto do relacionamento com Telmário Mota. No ano passado, a filha do ex-casal denunciou seu próprio pai por estupro, o que aumentou a complexidade do caso e chamou a atenção da opinião pública.
De acordo com as investigações, a execução do crime foi realizada por dois indivíduos em uma moto. A decisão de cometer o assassinato teria surgido durante uma reunião na fazenda Caçada Real, de propriedade do ex-senador, onde Telmário teria deixado o sobrinho Harrison Nei Correa Mota, conhecido como Ney Mentira, encarregado de organizar o assassinato. Ney Mentira, por sua vez, teria comprado a moto utilizada no crime por R$ 4 mil em espécie, com documentação irregular e registrada em nome de terceiros.
Além de Telmário e Ney Mentira, a operação resultou na prisão de Leandro Luz da Conceição, suspeito de ter efetuado o disparo que tirou a vida de Antônia. Leandro já era investigado por seu envolvimento em outro homicídio, o da empresária Joicilene Camilo dos Reis, ocorrido em dezembro de 2019.
Telmário Mota, que ocupou uma cadeira no Senado Federal entre 2015 e 2022, não conseguiu ser reeleito nas eleições do ano passado. Em agosto de 2022, sua filha de 17 anos o acusou de estupro, o que levou ao registro de um boletim de ocorrência contra ele. O ex-senador, formado em economia e contabilidade, também teve passagens pela política local, tendo sido vereador de Boa Vista, capital de Roraima, entre 2008 e 2012. No entanto, em 2017, ele foi expulso do PDT por votar a favor da PEC do teto dos gastos públicos. Em 2018, concorreu ao governo de Roraima pelo PTB, mas ficou em último lugar nas eleições. Em 2019, filiou-se ao PROS.
Com informações do Brasil 247
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