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Sindicato convocou ato para quarta-feira (3/11), data do retorno integralmente presencial aos colégios do DF, e anunciou que não haverá aulas no dia

O Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF), em protesto contra a volta total das atividades presenciais nas escolas públicas do DF, afirmou que não haverá aula nos colégios na próxima quarta-feira (3/11), data em que o retorno está marcado. O sindicato convocou um ato para o dia. Procurado pelo Correioo governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou que a decisão da categoria é infundada. “Direito deles, mas não tem o menor fundamento”, opinou.

O Sinpro alega que a determinação da retomada total das aulas presenciais, anunciada pelo governador em 22 de outubro, foi “instituída sem absolutamente nenhum debate com a categoria — nem com o sindicato, nem com os gestores.” A portaria com a medida foi feita conjuntamente pelas Secretarias de Educação e de Saúde e publicada no Diário Oficial do DF na sexta-feira (29/10).

Samuel Fernandes, diretor do Sinpro, declarou que o sindicato não foi ouvido pelo Governo do Distrito Federal. “Solicitamos diversas reuniões. Não temos condições para o retorno, ainda estamos vivendo uma pandemia. São mais de 500 mil famílias em risco”, defendeu.

A respeito do texto que apontou instruções para a retomada, o sindicato criticou as orientações, destacando que não apresentam “garantia nenhuma de recurso para que sejam feitas as adaptações necessárias nas escolas.” O Sinpro argumenta que os colégios “não dispõem de pessoal suficiente para efetuar o monitoramento indicado pelo governo, que asseguraria o cumprimento das medidas.”

Ainda segundo a categoria, não houve suporte do Executivo local para melhorias como a ventilação de ambientes. “Muitas escolas têm janelas pequenas e com abertura limitada, o que foi recorrentemente apresentado pelos próprios gestores”, ressaltou o texto do Sinpro.

Segurança

De acordo com descrição feita pelo sindicato, têm havido aglomerações nas portas das escolas desde o retorno das aulas, ainda que em modelo híbrido. “(As aglomerações) acontecerão com mais intensidade a partir da presença dos estudantes nas escolas em sua capacidade máxima”, apontou.

Em comunicado à população, o Sinpro defendeu que a decisão do GDF “coloca vidas em risco, principalmente as crianças menores de 12 anos, que ainda não estão elegíveis para se vacinar contra a covid-19.” O sindicato destacou que tem reivindicado também a testagem em massa dos integrantes da comunidade escolar como forma de prevenção do contágio.

Para a categoria, a orientação de testar apenas os pacientes com casos sintomáticos “é insuficiente para prevenir o contágio e oferecer segurança a estudantes, pais, profissionais da educação e demais trabalhadores da escola.” O Sinpro argumenta que a retomada integral das aulas presenciais não se justifica, porque “falta muito pouco para o fim do ano letivo.”

Manifestação

O ato de quarta (3/11) será em frente à Secretaria de Educação, no Setor Bancário Norte, às 9h. “Os participantes da ação deverão fazer uso de máscaras de proteção, guardar o distanciamento social e respeitar os protocolos de segurança contra a covid-19”, destacou o texto do sindicato.

Por Ana Isabel Mansur

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