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Tanques em refinaria da Petrobras. (Foto: Reprodução)

A Petrobras entrou com um processo na Justiça da Suíça contra banqueiros suspeitos de terem ajudado ex-diretores da companhia a desviar milhões de dólares em propinas e depositar em contas no exterior. Os processos fazem parte das investigações da Operação Lava Jato.

Relatórios e documentos obtidos e divulgados pelo jornalista Jamil Chade, do UOL, revelaram que o Tribunal Federal da Suíça rejeitou o recurso que os banqueiros do país tinham apresentado e confirmou que a Petrobras pode ser parte da causa movida contra os agentes do sistema financeiro suíço.

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“Alguns dos ex-diretores da Petrobras teriam sido os destinatários de milhões de dólares em propinas para a concessão de contratos públicos, dinheiro parcialmente pago em contas bancárias na Suíça”, disse trecho do documento do Tribunal Federal da Suíça.

As investigações relacionadas com os casos da Lava Jato na Suíça estão em sua terceira fase. Depois de apurar e denunciar os corruptos e os corruptores, o Ministério Público do país europeu agora conduz ações contra as instituições financeiras que tenham participado de um esquema para esconder milhões de dólares que foram cobrados em propinas no Brasil.

Em um caso específico apura-se a atuação de banqueiros que, entre os anos de 2013 e 2014, teriam acobertado a origem do dinheiro oriundo de fraude dos ex-diretores da estatal brasileira.

O ex-diretor da Petrobras Pedro José Barusco. (Foto: Reprodução)

Ainda de acordo com MP suíço, em apenas um dos bancos, 12 contas foram abertas pelos funcionários públicos condenados no Brasil por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Os banqueiros das instituiços européias são “suspeitos de terem facilitado a lavagem dos ativos em questão”.

Por uma questão de privacidade, os nomes dos bancos e dos banqueiros são omitidos nos documentos, no entanto, fontes envolvidas no processo indicam que a instituição em questão é o banco Cramer, destino dos recursos do ex-diretor da Petrobras Pedro José Barusco Filho, entre outros.

Ao longo dos últimos anos, três outros bancos foram alvo do MP suíço, incluindo o PKB, J. Safra Sarasin e Pictet. O processo segue em tramitação.

Publicado por Victor Nunes

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