youtube facebook instagram twitter

Conheça nossas redes sociais


Favoritos aos cargos têm perfil independente e conquistaram apoio de bancadas rivais, como PT e PL

Parlamentares se preparam para eleger, neste sábado (1º/2), os novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. O perfil dos eleitos pode facilitar ou dificultar a relação do governo federal com o Legislativo, uma vez que a gestão petista depende do Congresso Nacional para aprovar as pautas prioritárias, essenciais no momento em que a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) patina na segunda metade do terceiro mandato.


Entenda a eleição para o comando das Casas do Congresso:

  • Deputados e senadores voltam do recesso no sábado (1º/2) e votam para escolher os presidentes das Casas do Congresso pelos próximos dois anos.
  • Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) já cumpriram dois mandatos como presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente, e não podem se reeleger mais uma vez.
  • Há grandes favoritos para sucedê-los: Hugo Motta (Republicanos-PB) na Câmara e Davi Alcolumbre (União-AP) no Senado.
  • Os favoritos contam com amplo apoio, incluindo do PT de Lula e do PL de Bolsonaro. Com isso, terão de se equilibrar entre as demandas dos diversos grupos políticos presentes no Congresso.

Hugo Motta (Republicanos-PB) é o favorito para assumir a presidência da Câmara. Ele foi apadrinhado pelo atual presidente, Arthur Lira (PP-AL), por ser visto como nome de consenso dentro da Casa, com boa circulação entre as diferentes bancadas. Aos 35 anos, já está no quarto mandato como deputado federal.

Apesar de ter recebido o apoio do Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro, Motta repetiu durante campanha que, em seu mandato, quer se distanciar de pautas ideológicas e focar temas de consenso, que tragam avanço ao país.

A figura conciliadora pode facilitar o trabalho do governo federal, que enfrentou dificuldades de articulação com Lira, desafeto público do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Também favorece a aprovação de projetos da agenda econômica de Lula, prioritárias para o governo federal.

Os novos presidentes também carregam a missão de defender os interesses do Executivo em embates com os outros Poderes. No ano passado, a agenda de votações chegou a ser travada em meio a impasse com o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre regras de transparência para o pagamento de emendas parlamentares.

O montante de recursos destinados aos entes federativos nessa modalidade aumenta anualmente, e parlamentares reclamam uma fatia cada vez maior do Orçamento da União.

Já no Senado, o favorito é Davi Alcolumbre (União-AP). Nome apoiado por Lula, chegou a emplacar ministros na Esplanada e ocupou o cargo entre 2019 e 2021, elegendo como sucessor o aliado Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Alcolumbre tem forte influência política em áreas que extrapolam o parlamento, como em indicações de nomes para agências reguladoras. Apesar de ter o aval petista, tem preocupado o Palácio do Planalto com os acordos feitos também com a oposição. A presidência do Senado é responsável por dar andamento a pedidos de impeachment de ministros da Suprema Corte, uma das principais bandeiras bolsonaristas, assim como a anistia para os condenados por participação nos atos antidemocráticos do 8 de Janeiro.

Lideranças próximas ao Planalto avaliam o amapaense como uma figura pragmática, que não vai atrapalhar os interesses do governo. Nas questões ideológicas, porém, “terá que se equilibrar”.

Quer ficar por dentro do que acontece em Taguatinga, Ceilândia e região? Siga o perfil do TaguaCei no Instagram, no Facebook, no Youtube, no Twitter, e no Tik Tok.

Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre Ceilândia, Taguatinga, Sol Nascente/Pôr do Sol e região por meio dos nossos números de WhatsApp: (61) 9 9916-4008 / (61) 9 9825-6604.

Os comentários estão desativados.