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Em tom de deboche, General Mourão reage aos xingamentos do guru de Jair Bolsonaro: “Quem se importa com as opiniões do Olavo?”

Guru de Jair Bolsonaro, o autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho dedicou boa parte de sua semana para atacar o general Hamilton Mourão, vice-presidente da República.

Primeiro, Olavo divulgou um vídeo de 15 minutos no Youtube com críticas diretas aos militares que compõem o governo Bolsonaro. Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, também foi alvo dos ataques.

A princípio, Olavo irritou-se porque Mourão repudiou publicamente as ameaças de morte que motivaram o deputado Jean Wyllys (PSOL) a declinar do mandato. “Ameaçar um deputado é um perigo para a democracia”, afirmou o vice-presidente.

“Fui vítima da campanha difamatória mais cruel de toda a história humana contra um cidadão privado e nenhum militar nunca se manifestou a respeito”, reclamou Olavo.

“Ameaçar um sujeito que se tornou o símbolo do movimento que elegeu o atual presidente da República não é um perigo para a democracia general?”, questionou o filósofo, referindo-se a si próprio.

Olavo criticou Augusto Heleno por dar entrevista a jornalistas que, segundo ele, mentem contra as Forças Armadas e o presidente da República.

“Você não tem vergonha, Heleno? Mourão, você não tem vergonha de puxar o saco desse Jean Wyllys e nada fazer em minha defesa?”, disparou.

O jornalista finaliza a gravação dizendo que está a ponto de desistir de falar da política brasileira por causa dos ataques que sofre.

Mais críticas

No dia seguinte, Olavo usou as redes sociais para afirmar que a postura de Mourão diante dos jornalistas brasileiros representa a “falsa esperteza de um covarde”.

Não satisfeito, nesta quarta-feira o filósofo voltou a atirar contra o vice-presidente por conta de um encontro com autoridades palestinas.

“Enquanto os israelenses estavam socorrendo as vítimas da tragédia de Brumadinho, o Mourão estava trocando beijinhos com a delegação palestina, prometendo que a nossa embaixada NÃO vai mudar para Jerusalém”, bradou Olavo.

A comitiva palestina veio na tentativa de driblar as relações que o Brasil tem feito com Israel para convencer o governo a não transferir a embaixada brasileira para Jerusalém.

Em resposta, Mourão tranquilizou os líderes palestinos e assegurou que, “por enquanto”, o governo brasileiro não irá transferir a embaixada.

Olavo, ainda sobre o assunto disse: “Se dependermos de tipos como Paulo Chagas e Mourão, em menos de um ano a quadrilha petista estará de volta ao poder, amparada nos serviços secretos da Rússia e da China.”

Segundo Lauro Jardim, colunista de O Globo, Mourão reagiu com desdém aos ataques feitos por Olavo de Carvalho.

“Quem se importa com as opiniões do Olavo? Aliás, ele atacou o general Heleno também”, disse o vice-presidente.