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Segundo a PF, o tenente Mauro Cid foi quem operacionalizou a compra do item. Investigadores apuram um esquema de venda ilegal de joias que atinge Bolsonaro e seus aliados

O advogado Frederick Wassef afirmou, em depoimento à Polícia Federal, que o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fábio Wajngarten foi quem lhe pediu que recomprasse o Rolex de Jair Bolsonaro (PL), nos Estados Unidos. De acordo com a PF, o tenente-coronel Mauro Cid foi quem operacionalizou a compra do relógio. Na avaliação dos investigadores, a aquisição fez parte de uma operação irregular, por se tratar de um presente dado por outro país e que deveria pertencer ao Estado brasileiro, não podendo ser incorporado a patrimônio pessoal. 

De acordo com informações publicadas nesta quarta-feira (29) pela coluna de Bela Megale, a PF recebeu do FBI (EUA) uma troca de e-mails entre Cid e a loja Precision Watches, onde o item foi recomprado nos EUA. Nela, o coronel informou à empresa que o pagamento seria feito em espécie e que Wassef realizaria a aquisição. FBI é a sigla para Federal Bureau of Investigation, ou Departamento Federal de Investigação norte-americano.

Investigadores têm em mãos um documento assinado por Wassef, no qual ele apresenta as justificativas para comprar o relógio em dinheiro vivo. Ao confirmar a recompra, o advogado mostrou um recibo no valor de US$ 49 mil. O advogado admitiu que recebeu de Mauro Cid informações da loja onde estava o relógio.

A defesa do advogado tem dito a autoridades que a compra do item não seria ilegal, porque o objetivo seria o de entregar o Rolex às autoridades brasileiras. O movimento de recompra ocorreu após o Tribunal de Contas da União determinar que Bolsonaro devolvesse joias recebidas por ele como presidente da República.

O advogado Eduardo Carnelós disse que seu cliente, Frederick Wassef, “prestou todas as informações ao delegado em seu depoimento à PF e, depois, em petição entregue ao órgão em 5 de setembro”.

Com informações do Brasil 247

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