O número total de brasileiros com carteira assinada chega a 44 milhões, o maior já registrado na série histórica desde 2002
Carteira de Trabalho e Previdência Social (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)
O Brasil registrou, em 2023, um crescimento no mercado de trabalho, com a criação de 1,59 milhão de empregos com carteira assinada nos primeiros nove meses deste ano, de acordo com dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego nesta segunda-feira.
No período de janeiro a setembro de 2023, foram realizadas 17,8 milhões de admissões e 16,2 milhões de desligamentos, resultando em um saldo positivo de 1,59 milhão de empregos formais criados. Em setembro, a tendência de expansão no emprego formal se manteve, com um saldo de 211.764 postos de trabalho, resultante de 1.917.057 admissões e 1.705.293 desligamentos.
O estoque de empregos com carteira assinada atingiu um marco histórico, chegando a 44 milhões de trabalhadores em setembro de 2023, representando o maior valor já registrado desde o início da série histórica, que abrange tanto o período do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de junho de 2002 a 2019 quanto o Novo Caged a partir de 2020. A variação positiva em relação ao mês anterior foi de 0,48%. Nos últimos 12 meses, de outubro de 2022 a setembro de 2023, o país acumulou 1,4 milhão de empregos formais, decorrentes de 22,8 milhões de admissões e 21,4 milhões de desligamentos.
A criação de empregos formais foi generalizada, abrangendo os cinco principais grupos de atividades econômicas, todas as regiões do país e as 27 Unidades Federativas. Os estados que lideraram em geração de empregos foram São Paulo, com 47.306 postos (+0,35%), Pernambuco, com 18.864 postos (+1,35%), e Rio de Janeiro, com 17.998 postos (+0,51%). Na análise regional, o Sudeste apresentou o maior saldo, com 82.350 vagas formais, seguido pelo Nordeste (75.108), Sul (22.330), Norte (16.850) e Centro-Oeste (14.793).
O setor de Serviços se destacou em setembro, com um saldo positivo de 98.206 postos, com ênfase nas áreas de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (41.724), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (20.383), e Alojamento e Alimentação, especialmente em restaurantes e lanchonetes, com um saldo de 16.642 postos criados.
O setor de Comércio gerou 43.465 novos empregos, destacando-se o Comércio Varejista de Mercadorias em Geral, com predominância de Produtos Alimentícios – Supermercados e Hipermercados. A Indústria contribuiu com 43.214 postos de trabalho, e a Construção Civil registrou um saldo de 20.941 empregos. A Agropecuária, embora com menor geração de empregos no mês, ainda apresentou um saldo positivo de 5.942 postos formais, apesar da desmobilização no cultivo de café, que impactou o setor com uma perda de 6.704 postos em setembro.
A análise de gênero revelou um saldo positivo tanto para mulheres (83.096) quanto para homens (128.668). Além disso, a População com Deficiência (PcD) também experimentou um aumento no emprego, com um saldo positivo de 1.590 postos de trabalho. O emprego formal abrangeu diferentes grupos étnicos, com saldos positivos para pardos (145.519), brancos (49.451), pretos (20.004), amarelos (2.642) e indígenas (232).
Quanto aos salários, o salário médio real de admissão em setembro foi de R$ 2.032,07, mantendo uma estabilidade com uma variação negativa de R$ 8,07 em comparação com o valor corrigido de agosto (R$ 2.040,14). Em relação ao mesmo mês do ano anterior, considerando as variações sazonais, o ganho real foi de R$ 13,92.
Com informações do Brasil 247
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