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Fabíola Cidral intermediou o debate da Folha entre Ricardo Nunes, Guilherme Boulos, Pablo Marçal e Tabata Amaral. Foto: Danilo Verpa/Folhapress

Nesta segunda-feira (30), a Folha de S.Paulo e o Uol promoveram o penúltimo debate eleitoral para a Prefeitura de São Paulo. No evento que contou com apenas quatro dos 10 candidatos, a religião e questões pessoais dominaram as discussões entre Guilherme Boulos (PSOL), Ricardo Nunes (MDB), Tabata Amaral (PSB) e Pablo Marçal (PRTB).

Um dos destaques foi o formato escolhido pela organização, que deu a cada candidato 20 minutos totais, acrescentando 30 segundos para que fizessem perguntas com temas previamente selecionados.

Além disso, jornalistas dos dois veículos também fizeram questionamentos com temas livres, que não necessariamente diziam aos temas da cidade, como Ana Luiz Albuquerque que, em sua primeira intervenção, perguntou a Boulos sobre o sistema político da Venezuela. Como consequência, os candidatos não abordaram suas principais propostas para a cidade.

O ex-coach pressionou o atual prefeito sobre um boletim de ocorrência registrado pela esposa, relembrando o caso de uma suposta agressão. “Seja homem e fale por que a sua esposa registrou um boletim de ocorrência”, insistiu Marçal, repetindo a pergunta várias vezes. Nunes, por sua vez, negou qualquer agressão e destacou estar casado há 27 anos, afirmando que nunca levantou um dedo para sua companheira.

Além das provocações pessoais, a religião também virou tema. Marçal citou a Bíblia para defender sua posição, afirmando que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados segundo seu propósito”. em resposta, Nunes criticou o uso religioso no debate: “Pablo Henrique, essa coisa de querer falar de religião é muito ruim. Ficar mentindo, isso é ruim”.

Já Tabata, por sua vez, reforçou que prefere não usar sua fé como argumento político: “A relação que eu tenho com Deus é com Deus, é com a minha comunidade, é com a minha igreja”.

Na sequência, o ex-coach fez uma fala machista ao afirmar que “mulher não vota em mulher”. Ele provocou a candidata do PSB dizendo que, se fosse assim, ela ganharia no primeiro turno: “Mulher é inteligente. Se fosse isso, pobre votava em pobre, negro ia votar em negro”.

Boulos reagiu imediatamente, classificando a declaração como preconceituosa: “É triste ouvir isso de quem quer governar a maior cidade do Brasil”. Em resposta, Tabata acusou Marçal de odiar mulheres, reforçando que a rejeição ao ex-coach só aumentava: “As mulheres e o povo estão vendo, e a única coisa que dispara nessa eleição é a sua rejeição”. Segundo o Datafolha, Marçal enfrenta uma rejeição de 53% entre as mulheres.

Outro ponto polêmico do debate foi quando o político do PRTB foi questionado sobre uma acusação feita contra Boulos, alegando que o candidato do PSOL usava cocaína, com a jornalista Julia Barbosa relembrando que o processo que embasava essa acusação era referente a um homônimo de Boulos. Marçal fugiu da resposta, mas o tema foi revisitado pelo pesolista, que destacou sua estratégia de mentiras.]

Nunes, por sua vez, acusou Boulos de ter feito uma declaração polêmica sobre a classe média, insinuando que ele a considerava “intolerante, homofóbica e racista”. O deputado federal negou e associou Nunes ao bolsonarismo: “No fim do dia, ele representa o projeto bolsonarista da extrema direita para São Paulo”.https://www.threads.net/@dcm_on_line/post/DAizRCQRYBj/embed/

Apesar das trocas de farpas, Marçal tentou agradar Tabata no primeiro bloco, elogiando sua inteligência e sugerindo que ela poderia ser sua secretária de Educação, caso ele fosse eleito. Tabata, porém, não se mostrou interessada.

O tema da “rachadinha” também foi abordado, com Boulos criticando a gestão de Nunes e insinuando que ela está envolvida em denúncias de corrupção. Nunes devolveu o ataque, acusando Boulos de ter “normalizado” a prática ao absolver o deputado André Janones em um caso relacionado à cobrança de parte dos salários de assessores.

O formato do debate, com um banco de tempo de 20 minutos para cada candidato, foi bem administrado por Boulos e Marçal, que conseguiram usar suas falas até o último minuto. Nunes, por outro lado, acabou ficando sem tempo, o que foi usado por Marçal para criticá-lo como gestor. “Ele desesperado porque eu tenho 3 minutos e 40 e ele não. Tem só 23 segundos”, ironizou o ex-coach.

Segundo o último levantamento do Datafolha, a disputa pela prefeitura continua acirrada. Nunes lidera com 27% das intenções de voto, seguido de perto por Boulos, com 25%. Marçal aparece em terceiro lugar, com 21%, enquanto Tabata marca 9%. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Com informações do Diário do Centro do Mundo

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