“Temos condições de oferecer todos os minerais críticos que o mundo precisa, sem exceção”, disse Valdir Silveira, diretor de geologia do SGB
O solo brasileiro tem tudo o que é preciso para transição energética, visto que possui reservas de todos os chamados minerais críticos, essenciais para a produção de baterias para carros elétricos, turbinas eólicas e painéis solares.
Por sua vez, os Estados Unidos querem liderar a transição e estão procurando por fornecedores confiáveis, visto que a China é um dos maiores produtores dos minerais, mas se encontra em meio a uma “guerra comercial” com Washington.
De acordo com o jornal O Globo, fatores políticos, econômicos e estratégicos colocam o Brasil em um espaço confortável na mesa de negociações da cadeia mundial de suprimentos de minerais críticos. Além dos EUA, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) já foi procurado por pares da China, Alemanha, Reino Unido, Austrália, Canadá, entre outros.
“Temos condições de oferecer todos os minerais críticos que o mundo precisa, sem exceção. Temos pelo menos um depósito de cada um desses minerais”, disse Valdir Silveira, diretor de geologia e recursos minerais do SGB.
O fato de ter geração de energia elétrica majoritariamente de fontes renováveis reforça a pretensão do Brasil de ser mais do que um fornecedor de matéria-prima, e talvez mais do que isso, um processador dessas matérias primas e fabricante de bens, mas para que tal indústria se aqueça, é necessário muitos investimentos.
“Essa temática de minerais críticos ganhou outra proporção com a discussão da transição energética no pós-pandemia — afirma Abrão Neto, CEO da Amcham Brasil (Câmara Americana de Comércio para o Brasil). O CEO acrescentou que “seria uma relação ganha-ganha” que proporcionaria “ganhos potenciais para a indústria extrativa e para a indústria de beneficiamento e de produção de maior valor agregado no Brasil”.
Em julho, o secretário de Estado Adjunto de Recursos Energéticos dos EUA, Geoffrey Pyatt, esteve no Brasil para “acelerar a cooperação com o Brasil em toda a gama de insumos energéticos da transição”. Na época, Pyatt afirmou que o assunto mais importante da visita foi a parceria em minerais estratégicos, conforme noticiado.
Brasil e EUA têm um histórico de mais de três décadas de conversas sobre segurança energética com assinatura de acordos. Até 2012, foram oito documentos de parceria, muitos com foco nos biocombustíveis. No entanto, do ano citado até 2023, nenhum novo documento foi assinado pelos governos, apesar de ter havido uma continuidade das conversas técnicas entre membros do setor privado, escreve a mídia.
Recentemente, dois novos acordos de parceria para geração de energia limpa entre Brasil e EUA foram assinados por ministros. O Ministério das Minas e Energia informou que os dois países possuem “circunstâncias diferentes”, mas têm trabalhado em conjunto para destravar financiamento para mover a transição energética.
A pasta não cita resultados concretos dos acordos de parceria do passado, mas destaca que “um dos relacionamentos estratégicos na área de energia” são os biocombustíveis, tema tratado com o secretário de Estado adjunto norte-americano em julho.
Com informações do Brasil 247
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