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Para a candidata do PT à prefeitura, eleitores da capital nunca se deixaram levar pela máquina e acredita que nessas eleições serão disputadas ideias, não quem tem mais poder econômico

Deputada Adriana Accorsi | Foto: Foto Y. Maeda / Alego

A deputada estadual Adriana Accorsi (PT), que se orgulha em dizer que foi a parlamentar mais bem votada na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) e está entre os três candidatos favoritos nas pesquisas das eleições municipais deste ano, afirmou ao Jornal Opção que não acredita que existe uma polarização no cenário em Goiânia.

“Acho que é muito fácil e muito costumeiro falar que está polarizado em quem tem mais poder econômico e quem tem a máquina. Nem sempre é assim. A última pesquisa mostrou. Na espontânea estou empatada em primeiro lugar com o Vanderlan (PSD). Na estimulada estou em segundo lugar, com empate técnico, mas à frente de Maguito (MDB). Então, essa polarização está levando em conta somente o poder econômico e nem sempre esse é o fator determinante”, opinou a candidata.

De acordo com a petista, a população de Goiânia não importa muito com a máquina e tem demonstrado sabedoria em escolher, ao longo de sua história, pessoas por seus projetos.

“A população vai olhar outros fatores, até porque não teremos uma campanha tradicional, de passeata, de cabo eleitoral, de caminhada. Teremos uma campanha muito mais de ideias, em razão da pandemia. Temos propostas muito boas para a cidade. Temos uma história. O Partido dos Trabalhadores (PT) tem uma história de muitas políticas públicas e obras que estão na memória das pessoas”, disse.

“Penso que a população vai olhar também além do poder econômico”, argumenta a deputada. “Geralmente não é o candidato do governo que ganha. O Marconi mesmo nunca conseguiu eleger um prefeito. Vejo que há chances. Temos que lutar. Estou tendo um diálogo muito grande com os setores da sociedade, tentando projetos para Goiânia, fazendo compromissos com as pessoas, principalmente de ter uma gestão muito democrática, que luta por serviços públicos de qualidade.”

Projetos para Goiânia

Segundo Adriana, a prioridade de sua gestão será priorizar a retomada da economia, principalmente por ser uma questão urgente diante da crise decorrente da pandemia de Covid-19.

“Queremos unir a cidade em torno de medidas de desenvolvimento, retomada de emprego e renda, apoio aos comércios e todos que geram emprego e renda com políticas públicas de incentivo. Vamos criar o banco comunitário com linhas de crédito para as pessoas começarem pequenos e médios negócios com juros muito baixos, ou sem juros, se possível. Estou estudando essa possibilidade”, comentou.

“Queremos apoiar com infraestrutura arranjos locais, como a Região da 44. O que eu puder fazer para ajudar. Ali precisa de internet, ônibus, iluminação, segurança? Em outros locais da cidade também, como a Região Noroeste, de confecções, fazer um polo, levar infraestrutura. Quero que a prefeitura seja parceira nisso”, acrescentou a candidata.

Ela ainda destacou que pretende realizar muitos investimentos em saúde, nos trabalhadores da saúde, no fortalecimento do SUS e da Saúde básica. “Queremos criar uma unidade pediátrica em cada região da cidade com funcionamento 24 horas”, disse.

Para ela, a questão do transporte público também é um problema que precisa ser enfrentado. “Hoje, ele é um dos piores do Brasil e dos mais caros. Saiu até uma pesquisa falando sobre ele ser um dos principais vetores da contaminação [por coronavírus] das pessoas”, apontou.

“A gente tem que exigir que os contratos das empresas sejam cumpridos, que tenha quantidade de ônibus adequadas, que tenha ar condicionado, acessibilidade para pessoas com deficiência, que a frota seja renovada em um tempo definido”, conta Adriana.

Para a postulante ao cargo do executivo goianiense, também é necessário aplicar investimentos em ciclismo. “Construir ciclovias, banheiros públicos para que as pessoas tomem banho ao ir de bicicleta para as universidades e trabalho”, apontou. “E, na Segurança Pública, eu quero fazer um trabalho com a Guarda Civil Metropolitana, com vídeo monitoramento. Também farei concursos para a GCM. Quero realizar um trabalho muito forte de prevenção com as polícias civil e militar.”

Alinhamento necessário

Caso eleita, Adriana terá de estreitar laços com o governo estadual, hoje ocupado pelo DEM, com o governador Ronaldo Caiado. Historicamente, PT e DEM defendem extremos políticos diferentes. No entanto, o cargo de administrador da Capital irá exigir um bom relacionamento entre ambos.

De acordo com a Adriana, o desafio é natural da democracia. “O seu fundamento é conviver com ideias diferentes. Em prol da população, temos que ter pontos em comum de trabalho. É inegável as diferenças de pensamento entre o meu projeto e o do governo estadual. Como deputada, tenho colocado várias discordâncias, porém também há projetos do governo que entendo que são bons para a população e que nesse sentido apoio”, comentou.

“Precisamos ter um diálogo republicano, pelo bem da população. Afinal, é a capital do Estado, acredito que ele também foi eleito e governa para essas pessoas. Por uma questão de respeito à democracia, acredito que ele e da mesma forma eu teremos a boa vontade de ter alguns trabalhos em comum. Claro que temos várias discordâncias. O fundamento da democracia é a convivência pacífica e civilizada mesmo quando se pensa diferente”, argumenta.

Escolha do vice

Ao Jornal Opção, a deputada conta que, mesmo quando a sigla negociava com outros partidos a escolha do vice, o ex-prefeito e professor Pedro Wilson era o favorito para disputar o pleito ao seu lado neste ano.

“Ele personifica nossa prioridade na questão da educação, meio ambiente, qualidade de serviço público. Ele idealizou os Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), que se tornou referência nacional e tem uma aprovação muito grande da população de Goiânia. Atuou muito na questão do Meio Ambiente, chegou a ser secretário de Meio Ambiente e como deputado atuou muito nessa área. É um defensor do Cerrado e da água. Conhecido nacionalmente por essa defesa”, apontou.

Segundo ela, a escolha do ex-prefeito, além de unânime pelo partido, também foi aclamada.

“Dentro do nosso partido e no meio universitário é uma pessoa muito querida e muito respeitada. Foi reitor da PUC, tem uma história na política e vida pública de décadas, ilibado, muito ético, com muita honestidade. Agrega muito na nossa chapa, porque representa esses novos compromissos. Representa também uma união de gerações. Ele foi prefeito. Eu sou filha do primeiro prefeito do partido, sou uma segunda geração dessa força política que é o PT e acredito que sempre foi uma opção”, explica.

Desgaste do PT

Sobre um possível “desgaste” do Partido dos Trabalhadores que possa atrapalhar sua candidatura, Adriana diz acreditar que a verdade está aparecendo e que as pessoas estão vendo que houve um jogo político para que as pessoas que ocupam hoje o poder, chegassem lá.

“Foi um grande ataque, uma manipulação contra o partido. A cada dia que passa, mais a verdade tem aparecido e mais esse desgaste tem caído. Tanto que em 2018 elegemos a segunda maior bancada de deputados federais no Brasil e o maior número de governadores. Somos o partido que mais tem governadores eleitos e acredito que em 2020 essa realidade será mostrada”, citou.

“As pessoas estão percebendo que houve um jogo para esse governo federal chegar ao poder e retirar os direitos dos trabalhadores, retirar a proteção do meio ambiente para os grandes proprietários desmatarem, queimarem e acabar com tudo, venda de grandes empresas brasileiras para o capital estrangeiros… As pessoas estão percebendo que foi tudo orquestrado para que essas forças políticas chegassem ao poder e fazerem tudo que estão fazendo no Brasil. Na nossa opinião, é a destruição do país”, falou.

No entanto, apesar das críticas à oposição e ao governo federal, Adriana admite que houve problemas. “Um partido político é formado por pessoas. Pessoas são falhas, então obviamente há falhas em todos os partidos. O nosso tem falhas e tem acertos também”, reconheceu.

“Em Goiânia tivemos três administrações que deixaram muitas obras, muitas políticas públicas na memória das pessoas. Uma história bonita com a cidade e queremos fazer muito mais. Acredito que a população nos dará essa confiança de continuarmos um trabalho que começamos na cidade”, afirmou.

“Cada gestão nossa deixou grandes marcas, como Cidadão 2000, Goiânia Viva, Orçamento Participativo, CMEIs, Projeto Macambira Anicuns, o BRT, que é da gestão de Paulo Garcia, as ciclovias que ele começou, fez cem quilômetros, queremos fazer mais cem, pelo menos. Acredito que esse desgastes irá esmaecer com o tempo”, opinou.

Fake News

De acordo com Adriana, a Justiça deve ser mais rigorosa na fiscalização de ‘fake news’ nessas eleições. Nos últimos anos, as notícias falsas disseminadas por meio de redes sociais foi um dos principais fatores para decidir as eleições, não apenas no Brasil, como Estados Unidos e Europa.

“As fake news são uma ameaça à democracia. No momento em que se inventa e propaga uma mentira sem fiscalização e isso interfere, a pessoa deixa de votar por causa de uma mentira, isso é muito antidemocrático. É algo muito grave, crime e tem que ser punido com rigor”, cobrou.

Crise fiscal

Problemas financeiros têm sido pauta tanto do governo municipal como do estadual. Se os cofres já estavam esvaziados em 2019, com as administrações com dificuldades de cumprir com o pagamento da folha salarial dos servidores, em 2020, por causa da pandemia, o problema se agravou com a redução da arrecadação.

Para equilibrar isso, a petista defende que programas de geração de emprego e renda irão auxiliar a resolver parte do problema. “Com estímulo das atividades econômicas, não só melhora a qualidade de vida e condição das pessoas de viver com dignidade, mas também aumenta a renda da cidade”, afirmou.

“Vamos tratar o dinheiro público com toda parcimônia, respeito. É uma fase difícil, uma crise. Temos que ter prioridade nos gastos. Vamos buscar recursos federais, como você pode ver, foi aprovado o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que é para educação, e vamos procurar recursos federais para outras áreas, que é um direito nosso e vamos batalhar isso junto à União”, disse.

Mulheres na política

Ao lado de Lêda Borges (PSDB), Adriana ocupa uma das duas únicas cadeiras ocupadas por mulheres na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Na disputa à prefeitura, concorre apenas com outras duas candidatas mulheres: Manu Jacob (PSOL) e Dra. Cristina (PL). Ao Jornal Opção, ela comentou da dificuldade das mulheres em encontrar e ocupar espaços políticos.

“A presença das mulheres nos espaços de decisão é um grande desafio para nós. Tanto que somos um dos países que têm menos mulheres nos cargos eletivos. Um pouco mais de 10%, apesar de sermos maioria da população e dos eleitores. É, realmente, um grande desafio. É um ambiente hostil para as mulheres e que elas não se sentem acolhidas muitas vezes”, afirma.

Ela explica que existe uma série de dificuldades, dentre elas, a falta de apoio dentro da própria casa para que as mulheres assumam esse tipo de posição. “Vejo que muitas famílias, companheiros, pais, irmãos não aceitam muito bem que a mulher participe da política, por estar em um espaço público, porque é um trabalho de contato, não aceitam, não estimulam, não apoiam. Isso dificulta”, diz.

“Muitas mulheres ainda têm dificuldades em acreditar em outras mulheres, na competência para ser gestoras, prefeita, governadora, de ser líder. Sempre que temos oportunidade, mostramos a nossa competência. Aconteceu também nas forças policiais, por muito tempo foram só homens. Quando as mulheres começaram a participar e tiveram oportunidade de mostrar sua competência e coragem, dedicação, passamos a ser respeitadas nesse espaço [de polícia]. Na política, da mesma forma.”

De acordo com ela, ainda faltam mais políticas públicas que favoreçam e apoiem candidaturas femininas. “Essa questão dos 30% de mulheres nas chapas foi uma excelente ideia. Acredito que é uma forma de estimular a presença das mulheres, mas deve ser fiscalizada. Muitos partidos praticam a corrupção de colocar mulheres ali só para que elas cumpram a cota, desviam recursos que são destinados às candidaturas femininas… Isso é corrupção e deve ser fiscalizada e punida”, apontou.

“Frequentemente vemos as mulheres sendo hostilizadas no meio político. Tivemos o caso da Tatiana [Lemos] na Câmara, da deputada Lêda, na Assembleia. Eu não acompanhei o que houve internamente no Partido Liberal (PL) [com Dra. Cristina], mas a impressão que temos, pela forma como foi feito, é de que foi extremamente antidemocrático e que pode, sim, ter relação [com machismo]”, afirma.

“Aconteceu com a Maria Ester também. O partido dela decidiu apoiar outro candidato e simplesmente retirou ela da disputa. Algo que já tinha sido decidido e divulgado. Vejo que isso acontece com mais frequência com mulheres e tem impacto no ambiente democrático”, observa.

Mulheres, crianças e adolescentes como pauta

Com uma atuação muito marcante na Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente, e com uma grande variedade de pautas voltadas para a proteção da mulheres, crianças e adolescentes, Adriana afirma que não deixará de lado essas preocupações, caso eleita prefeita na capital, mas que outras preocupações também se tornarão prioritárias.

“Eu creio que é função da prefeita ter políticas públicas para essa área. Mas acredito que eu tenho que ter uma visão geral da cidade. Estar atenta a todos os aspectos. Sempre que uma mulher se candidata, principalmente a gestora, vem essa conversa de que a gente vai olhar mais pelo lado que das mulheres. Não, vou olhar tudo”, ponderou.

“Vejo que hoje, a grande urgência é Saúde para Goiânia. E a questão de gerar emprego e renda. Já vinha uma crise econômica grave no Brasil, dessa política econômica equivocada que o governo federal tem implantado, mas que foi muito agravada com a pandemia. Principalmente pela forma como foi conduzida no Brasil. Essa crise atinge de forma muito angustiante a nossa população, com muito desemprego, comércios fechando, empresas que não conseguem manter seus funcionários. É urgente. Os desafios que a pandemia nos trouxe faz chamar atenção para algumas áreas emergenciais.”

“Tenho várias propostas para as questões das mulheres e adolescentes e destaco um projeto que foi referência nacional e ganhou prêmio até na Organização das Nações Unidas (ONU), que foi o Cidadão 2000, um projeto de atenção à criança e adolescente implantado pelo meu pai, Darcy Accorsi, que foi continuado por 17 outros partidos, mas que foi fechada na gestão do atual prefeito, que era o Cidadão 2000. Vamos fazer o Cidadão do Futuro, que vai realizar um trabalho de esporte e cultura com as crianças e capacitação para o primeiro emprego para os adolescentes”, conta.

Jornal Opção. Publicado em 29/09

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