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Serviço de inteligência brasileiro é acusado pela Polícia Federal de proteger filho caçula do presidente

Renan Bolsonaro
Foto: Reprodução/Instagram

Segundo um relatório da PF, a Abin (Agência Brasileira de Inteligência), o serviço secreto brasileiro, atrapalhou o andamento de uma investigação que envolve Jair Renan Bolsonaro, filho do presidente da República. Um integrante do órgão, flagrado numa operação, admitiu em depoimento que recebeu a missão de levantar informações de um episódio relacionado a Jair Renan, sob apuração de um inquérito da PF.

Um integrante do órgão de inteligência admitiu à PF ter recebido uma missão de levantar informações sobre o caso envolvendo o 04, com o objetivo de prevenir “riscos à imagem” do ex-capitão.

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A operação da Abin ocorreu em 16 de março do ano passado, quatro dias após o filho do presidente e o seu preparador físico Allan Lucena se tornarem alvos de uma investigação da PF. A dupla é suspeita de abrir as portas do governo para um empresário interessado em receber recursos públicos.

Segundo apurações, os dois teriam facilitado a entrada no governo para empresários interessados em receber dinheiro público. Com informações do Globo.

O monitoramento das investigações envolvendo o 04 e o preparador físico veio à tona após, em maio, Lucena acionar a Polícia Militar depois de perceber que estava sendo seguido por um carro. Ao ser abordado, o motorista do veículo se identificou como Luiz Felipe Barros Felix, agente da PF cedido para o órgão de inteligência.

Em depoimento, Felix afirmou trabalhar sob ordens de Alexandre Ramagem, comandante da agência de inteligência e homem de confiança do presidente. Após analisar o caso, a PF afirmou em um relatório que a atuação da Abin foi uma “interferência nas investigações”.

Em nota, a Abin afirmou não haver documentos oficiais sobre a missão citada por Felix. “Não há registro da referida ação nos sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). O agente de Polícia Federal Luiz Felipe Barros Felix não faz parte dos quadros da ABIN desde 29 de março de 2021”.

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