
Ao contrário do que dá a entender a imprensa brasileira, a maioria da população venezuelana não é de direita nem está sob uma ditadura.
O chavismo tem a maioria.

Veja como a Venezuela alterou a correlação de forças e tornou praticamente impossível uma vitória dos empresários. + A vontade da maioria da classe trabalhadora venezuelana que foi às urnas precisa ser respeitada. O presidente Maduro foi reeleito! Toda solidariedade e apoio à revolução bolivariana.
Chavez percebeu, ao se inclinar por nacionalizar os recursos naturais e utilizá-los para melhorar a vida dos trabalhadores, que haveria grande risco de desestabilização, por parte do Exército, da Iniciativa Privada e da Intervenção Estrangeira. E reagiu propondo reformas.

A principal reforma do chavismo foi a Assembleia Nacional Constituinte que, apenas muito depois da Constituição Brasileira de 1988, instituiu o sistema público de saúde, o regime geral de previdência, os direitos sociais e a reforma eleitoral.

A ampliação dos direitos sociais ocorreu concomitantemente com a nacionalização da principal riqueza do país, o petróleo. Por sua vez, como Venezuela tem as maiores reservas do mundo, o dinheiro fomentou um rápido avanço do IDH. Entre 1995 e 2010, um dos maiores avanços no mundo.
A nova Constituinte também criou o que Chavez chamou de Estado Comunal, ou seja, preferencialmente administrado por comunas, que são espécie de Conselhos Populares criados em subúrbios e interiores para discutir e orientar as política públicas para sua localidade.
As Comunas também puderam contar com parcerias com Estado para criar cooperativas em suas localidades e empresas de capital misto (público e privado). Desta forma, além de orientarem o executivo sobre quais obras fazer, geraram emprego e renda e participação política em massa.
Para lidar com a ameaça dos quarteis, e a tutela militar sobre a democracia, foi criada a Guarda Bolivariana, que é composta de VOLUNTÁRIOS que se alistam para receber treinamento e agir, em caso de uma invasão ou desestabilização. Hoje, são mais de 3 milhões de alistados
Por fim, o Estado aumentou drasticamente sua participação na economia, nacionalizando diversos setores, especialmente os de exploração de recursos naturais e os serviços públicos, minando a participação da iniciativa privada. Só na indústria do petróleo foram 62.
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