Estão convocadas para hoje mais de 150 manifestações, em todo o País e até no exterior, contra o governo Bolsonaro e seus ataques à Educação.
Esses atos, convocados – inicialmente – pelas entidades estudantis (UNE, UBES etc.) e apoiados pelas entidades que convocaram as manifestação exitosas do último dia 30, como os grandes sindicatos dos professores do ensino básico (APEOESP, Sepe, APP, Sinpro’s, UTE-MG, SINTE’s etc.) e a sua confederação Nacional (CNTE), que junto com a CUT e outras entidades e partidos da esquerda aderiram à convocação da manifestação, são a continuidade das gigantescas mobilizações realizadas no último dia 15, em mais de 300 cidades, reunindo mais de um milhão de pessoas, que colocaram o governo Bolsonaro na lona, ao assumirem claramente como reivindicação central o “fora Bolsonaro”.
Essas manifestações têm como estopim os ataques do governo contra a Educação e os educadores (corte de verbas, “reforma” da Previdência), mas se transformaram – sem qualquer sombra de dúvida – em manifestações pela derrubada do governo, levando – inclusive – a que este convocasse atos em seu apoio, no último dia 26, que foram um grande fracasso de público e de amplitude, não reunindo sequer 10% do público que foi às ruas no dia 15 de Maio.
Os atos da direita tornaram evidente a fraqueza do governo Bolsonaro. Não há dúvidas que o“fica Bolsonaro” tem apoio de uma minoria. Mas os golpistas ainda não foram totalmente derrotados e seguem impondo sua política contra a juventude, os trabalhadores e todo o povo. Mantém os cortes e os ataques contra a Educação, a tramitação da “reforma”da Previdência, para roubar bilhões das aposentadorias de toda a classe trabalhadora, o aumento do desemprego, a destruição da Saúde Pública, o roubo do petróleo, a entrega da economia nacional (privatizações) etc.
Nestas condições, os atos de hoje são parte da mobilização geral dos explorados contra o governo ilegítimo de Bolsonaro e de todo o regime político. A convocação da “greve geral” (paralisação nacional) do dia 14 de junho, deve reforçar a coesão desse movimento, que está apenas começando, e apontar no sentido da superação da sequência de derrotas do último período – desde o golpe de Estado que derrubou a presidenta Dilma Rousseff. Para o que é preciso superar a política de lutas parciais (testada e reprovada nos últimos anos) e fazer avançar a mobilização em torno de uma perspetiva de conjunto, uma alternativa própria dos trabalhadores e da juventude diante da crise atual tendo como reivindicações centrais o Fora Bolsonaro e todos os golpistas, a liberdade para Lula e a defesa de Eleições Gerais, com Lula candidato.
Por isso, é importante reforçar a mobilização, nos locais de estudo, trabalho e moradia, subordinando as lutas específicas pela derrota do roubo da Previdência e para barrar a destruição do Ensino Público aos eixos políticos centrais nesse momento, capazes de unificar todas as organizações de luta dos explorados e abrir caminho para uma vitória contra o regime golpista.
Por isso, vamos todos às ruas, com os estudantes: Fora Bolsonaro e todos os golpistas! Liberdade para Lula e todos os presos políticos. Eleições Gerais, com Lula candidato.
Causa Operaria
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