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As bandeiras dos EUA e da Califórnia tremulam juntas em um mastro em Oceanside, Califórnia, EUA. Foto: Mike Blake

Moradores da Califórnia poderão votar pela independência do estado em 2028, caso uma campanha de coleta de assinaturas obtenha apoio suficiente. Isso ocorre devido à insatisfação com o retorno do presidente Donald Trump ao poder.

A secretária de Estado da Califórnia, Shirley Weber, anunciou que o grupo CALEXIT está autorizado a iniciar a coleta de assinaturas para tentar incluir a proposta na cédula eleitoral.

Para que a votação ocorra, os organizadores precisam reunir pelo menos 546.651 assinaturas. A pergunta sugerida para o plebiscito será: “A Califórnia deveria deixar os Estados Unidos e se tornar um país livre e independente?”.

A ideia de independência do estado volta à tona ocasionalmente, mas dificilmente recebe apoio significativo. No entanto, a reeleição de Trump no ano passado pode ter levado mais moradores do estado, historicamente governado por democratas, a se aproximarem do movimento separatista.

Especialistas apontam que, embora a população possa expressar sua vontade, a independência da Califórnia não depende apenas de uma votação. “O governo federal dos EUA não tem absolutamente nenhuma obrigação de atender à demanda”, afirmam analistas.

Mesmo que a proposta consiga apoio suficiente para ser incluída na cédula — o que ainda é improvável —, os resultados não teriam validade legal.

Os organizadores do CALEXIT argumentam que, se pelo menos 50% dos eleitores registrados votarem e 55% desses votos forem favoráveis, isso representaria um “voto de desconfiança nos Estados Unidos da América” e uma “expressão da vontade do povo da Califórnia”.

A Califórnia, que é o estado mais populoso dos EUA, possui uma economia que, se fosse independente, seria uma das maiores do mundo. Segundo o World Economic Outlook 2023, do Fundo Monetário Internacional, o estado teria a quinta maior economia do planeta, superando países como Índia e Reino Unido.

Com informações do Diário do Centro do Mundo

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