Toma posse, canalha! Toma sim… Ficou fácil! Bem facilzinho! Também pudera… Com todo o sistema bancário-rentista do seu lado; com grandes industriais, grandes comerciantes te ajudando… Foi ‘mamão com mel”!
Toma posse… Com os mega-capitais ‘bombando’ rios de dinheiro em sua campanha; apostando firme em mentiras, na enganação e no maior ilusionismo político já apetecido no hemisfério sul… Foi fácil e tranquilo!
Com Globo, SBT, Band, Veja e os ‘cambaus’ escondendo, mentindo, omitindo… Foi “brincadeira de criança”. Sem falar nos neo-protestantes que feito zumbis, saíram em disparada ao encontro do abismo.
Com um judiciário desses; com um STF desse naipe e com militares de alta patente, integralmente colonizados, entreguistas e indignos… Foi um ‘passeio’. Até um gângster ou ‘info-gângster’ você contratou para a grandiosa ‘arte de enganar’.
Essa é, de muito longe, a posse da infâmia, da mentira e da manipulação. É justamente por isso que gente decente, gente que presta do Brasil e do mundo jamais chegará perto dessa pantomima! Sabe o que é? É que adoece, deprime!
Aliás, pergunto: O Papa Francisco, o grande Francisco, te enviou alguma mensagem? Algum presente? Claro que não…. Se fosse o Haddad… O planeta estaria em Brasília.
Nem Trump, sua referência maior (imaginem isso!) te deu confiança; nem o ‘direitão’ do Netanyahu te deu ‘bola’. Preferiu seguir matando palestinos.
Sabe por quê? Porque você cara… Não existe para o mundo; não faz o menor sentido para quem faz política para valer; é peso morto para quem, de fato, está no tabuleiro da geopolítica global.
E poderia ser diferente? Claro que não… Essa ‘cerimônia de posse’ é a metáfora que irá explicar seu governo. Vejamos: é que você fez uma campanha miserável, acoelhada e cheia de ardis. Como um imbecil, uma figura circense como você iria encarar o professor Fernando Haddad em um debate? Não dava, né…
Ele iria desossar você! Você iria ver o que era uma “facada” funda e cortante…
Agora… Imagina você na disputa com o Lula? Imagina vocês dois correndo o Brasil atrás de votos? Até vejo você xingando o Lula, tentando desmoraliza-lo e o ‘barbudinho’ tranquilo e como sempre, arrastando multidões em todos os quadrantes deste país.
Você lá… Todo bravateiro: “Lula, você é isso e aquilo” e o estadista Lula (ainda hoje um dos maiores líderes mundiais!), discutindo desigualdade regional, obras essenciais aos estados, dívida pública, a necessária ampliação do ensino superior público e gratuito e a própria refundação do Mercosul como estágio fundamental para a necessária integração latino-americana.
Você, com essa eterna cara de falsário, ordenando para o Bannon injetar doses cavalares de ‘fake news’ na campanha, e Lula, do outro lado, propondo a criação do Ministério das Mulheres; a quebra dos oligopólios de comunicação; triplicando políticas sociais para nosso povo negro, ampliando investimentos em moradia popular, em saúde pública e nos “detestáveis” direitos humanos.
Você e seus filhos delinquentes tentando infrutiferamente, desconstruir Lula e um nordeste rebelde e indomável dando o tom da campanha com gritos continentais de “Lula-lá… DE NOVO!”
Toma posse, canalha… Quer saber de uma coisa… Um espírito vai te perseguir dia e noite naquele palácio; uma voz rouca e firme vai assoviar em teus ouvidos, uma imagem perturbadora, ousada e audaciosa vai agonizar teus olhos, vai te perturbar a cada decreto, portaria ou lei assinada… Você vai envelhecer em uma velocidade absolutamente espantosa. Aliás, duvido que você termine o mandato! Porque você é muito ruim, incipiente, despreparado.
O espírito? Será Lula, um espectro sem-fim, uma sombra meio treva, meio luz; uma energia, por fim, que jamais termina.
Toma posse, velhaco… Teu inferno só começa! E eu serei parte dele!
Ângelo Cavalcante – Economista, professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), campus Itumbiara.