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Nesta terça-feira (28), a Central Única dos Trabalhadores completa 35 anos de história em defesa da classe trabalhadora. Mesmo em um cenário de retrocessos e ataques à democracia, a unidade da luta seguirá firme em defesa dos direitos. Este foi o entendimento retirado durante sessão solene realizada nessa segunda-feira (27), que homenageou a entidade.

Com casa cheia, o plenário Ulysses Guimarães, na Câmara dos Deputados, recebeu políticos, sindicalistas de diversos segmentos e dirigentes para homenagear a maior representação de trabalhadores da América Latina.

A atividade requerida pelos deputados federais Vicentinho (PT/SP) e Erica Kokay (PT/DF), além de homenagear e reafirmar o compromisso da Central em defender a democracia no Brasil e os direitos da classe trabalhadora, também celebrou o 39º aniversário da Lei da Anistia (Lei nº 6.683), que concedeu indulto político a todos os cidadãos punidos durante o governo militar.

“A história da primeira e maior central do Brasil traça com a luta pela anistia. A CUT foi fundada na época da ditadura militar. Muitos companheiros morreram, outros foram brutalmente torturados, perderam os empregos, foram perseguidos, afastados de suas famílias, isso, porque não existia democracia. Se hoje temos alguns direitos, devemos aos guerreiros e guerreiras que desbravaram corajosamente no mundo sindical. Entretanto, no atual cenário de retrocessos, precisamos ter foco e disciplina e, principalmente, muita união para não deixar que mais uma vez a voz do trabalhador seja calada”, explicou o deputado Vicentinho.

Já o capitão José Wilson da Silva, perseguido durante os anos de chumbo, falou da necessidade de eleger representantes preocupados com o bem estar coletivo. “A ditadura nos tirou muitas coisas, não por sermos criminosos, mas por pensarmos pelo coletivo. A regulamentação da Lei de Anistia é fundamental para que o governo pague a dívida com os presos políticos. Nós, da classe subordinada, devemos eleger candidatos que pensem na coletividade para protegermos a nossa democracia”, afirmou.

Para o presidente interino da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues, o golpe político-jurídico-midiático instaurado no país em 2016, visou calar a voz do povo brasileiro, por isso, é preciso cada vez mais reacender a participação CUTista, que nasceu da necessidade de luta, sob os princípios de liberdade, igualdade e democracia.

Rodrigo Rodrigues, presidente interino da CUT Brasília

“O que vemos hoje é o candidato mais aclamado em um processo eleitoral, com maior índice de intenção de voto, ser impedido de concorrer. A bancada retrógrada e conservadora do Congresso Nacional quer lavar o golpe injusto de 2016. O que vemos hoje é um show de horrores, com eleições que tira do páreo aquele que é o representante da classe trabalhadora”.

Rodrigues ainda fez uma crítica à repressão dos movimentos sindicais na Casa do Povo. “Geralmente somos impedidos de entrar com camisas da CUT, mas hoje fiz questão de vir com ela e, principalmente, quero ostentar outra camiseta, a que mostra o desejo do povo e Lula livre. A CUT seguirá firme por muitos anos representando e defendendo os direitos de toda classe trabalhadora”, concluiu.

“A história se repete e a atual conjuntura mostra como é incontestável o papel da Central. Nesses 35 anos, lutamos por democracia, pelos direitos das minorias, produzimos o maior presidente desse país. Neste momento de luta, precisamos retomar a democracia e batalhar para que os trabalhadores e trabalhadoras votem naquele que pode barrar as perdas do último período”, reafirmou a vice-presidenta nacional da CUT, Carmem Foro.

“Não podemos eleger candidatos que estimulam o preconceito. Devemos ser tratados por nosso caráter e pelo direito que a Constituição Federal nos dá. Vamos lutar e incentivar nossa juventude a refletir sobre a importância de liberdade de expressão e direitos. A população precisa saber do período traumático da história. Naquela época, nossos carrascos vestiam farda, hoje, vestem toga. O desmonte da constituição demonstra o pedaço da escravidão, da ditadura e coronelismo que estão entranhados na nossa contemporaneidade. As marcas do sofrimento estão nos brasileiros e brasileiras. Nossa luta não se encerra aqui e continuaremos honrando a bandeira da liberdade e da democracia”, concluiu a deputada federal Erika Kokay.

História da CUT
A CUT foi fundada em 28 de agosto de 1983, em São Bernardo do Campo (SP), durante o 1º Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat). Desde então, atua na disputa da hegemonia e das transformações ocorridas no cenário político, econômico e social ao longo da história brasileira, latino-americana e mundial, ocupando um lugar de destaque em meio às lutas e conquistas dos trabalhadores do campo e da cidade, do serviço público e da iniciativa privada.

Fonte: CUT
Foto interna: CUT
Foto da Capa: Alessandro Dantas/ PT no Senado

A CUT preparou um vídeo em homenagem à maior representação trabalhista da América Latina, por sua trajetória de lutas, vitórias e resistência. Assista: