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O Encontro Democrático do PT-DF aprovou ainda a tática eleitoral do partido e as diretrizes do programa de governo: 1) Combate à desigualdade e à extrema pobreza; 2) Constituir um projeto de desenvolvimento econômico ambientalmente sustentável; e 3) Promover a Integração regional e metropolitana.

O Encontro Democrático do PT-DF realizado neste sábado 28, no auditório da Câmara Legislativa, lançou como candidato a governador do Distrito Federal o economista Júlio Miragaia, de 61 anos, doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável e ex-presidente do Conselho Federal de Economia e da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Coceplan).

A indicação de Miragaya foi aprovada por 134 votos dos cerca de 300 delegados ao Encontro Democrático, em disputa com o também economista Afonso Magalhães, que recebeu 109 votos.

Miragaya fala do sentimento de ter sido eleito pelo partido para disputar o Buriti. “O mais importante desse Encontro Democrático do PT-DF foi a demonstração de unidade, tínhamos 2 candidaturas para o governo e 3 para o Senado, mas todas elas afirmando a importância da defesa de Lula e do PT como grande instrumento de combate aos golpistas e a direita no Brasil e no DF”, diz o economista. “O PT sai fortalecido nesse processo e com certeza nós vamos para a disputa do segundo turno”, completa.

Na mesma linha, manifestou-se a deputada federal e presidenta do PT-Df, Erika Kokay. “O partido está pronto para as disputas no DF e no Brasil. O partido vem para defender o legado dos governos democráticos e populares de Lula e Dilma, para defender a democracia, a liberdade e os direitos. O partido vem com unidade e força para disputar o governo federal e o Palácio do Buriti”, disse a parlamentar.

Ao confiar a Júlio Miragaia a tarefa de disputar o GDF, os representantes do partido o incumbiram também de liderar a mobilização da militância petista, dos movimentos sociais e dos ativistas do movimento suprapartidário de resgate da democracia e dos Estado de direito no país, visando a mais ampla adesão da população do DF ao grande ato político que ocorrerá no dia 15 de agosto, em Brasília, para inscrição de Lula no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como candidato do povo brasileiro à Presidência da República.

A prioridade à convocação dos moradores de todas as cidades do DF e Entorno para a manifestação contra a prisão política de Lula e em defesa do seu direito de ser candidato foi determinada também ao candidato a vice-governador e a todos os candidatos aprovados pelo encontro para as disputas ao Senado e às câmaras Federal e Distrital.

Foi definido como candidato a vice-governador a agricultora familiar e bacharel em direito, Claudia Farinha. Os candidatos ao Senado são Wasny de Roure e e Marcelo Neves.  O PT-DF terá ainda 16 candidatos a deputados e deputadas federais e outros 26 a deputados e deputadas distritais.

Diretrizes para o programa de governo

O Encontro Democrático do PT-DF aprovou ainda a tática eleitoral do partido e as diretrizes do programa de governo: 1) Combate à desigualdade e à extrema pobreza; 2) Constituir um projeto de desenvolvimento econômico ambientalmente sustentável; e 3) Promover a Integração regional e metropolitana.

Ao estabelecer o combate à desigualdade social e à extrema pobreza como um dos nortes do seu programa, o PT-DF parte da constatação de que o Distrito Federal é uma das unidades da federação mais desiguais e com uma das maiores taxas de migração, o que acentua a desigualdade. Essa desigualdade se expressa em três dimensões no DF: econômica (grande diferença de renda), espacial (grande diferença de bens e serviços entre o centro, as Regiões Administrativas e os municípios do entorno) e simbólica (grande diferença entre servidores públicos e demais ocupações).

Já a segunda diretriz, cujo foco é desenvolvimento econômico ambientalmente sustentável, está relacionada ao fato de que parte da desigualdade predominante no Distrito Federal é resultado de uma economia muito dependente do setor público e pouco diversificada. O entendimento é de que o DF precisa se industrializar como forma de desenvolver sua economia e ampliar a oportunidade de emprego e a arrecadação do Estado para promover políticas públicas.

O programa petista está estruturado também na ideia de que só é possível combater a desigualdade e gerar desenvolvimento do DF se for considerada a integração do plano piloto com as demais Regiões Administrativas e destas com as cidades do entorno que formam a região metropolitana do Distrito Federal.

Articulados entre si, os três eixos do programa de governo resultam nas seguintes prioridades:

– Desenvolver políticas de industrialização no DF e na Região Integrada de Desenvolvimento do DF e Entrono (RIDE) como forma de diversificar a economia, ampliar a arrecadação e gerar empregos – o DF e região metropolitana registram taxa de desemprego de 21%, uma das mais altas do país.

– Ampliar investimentos e melhorar a gestão das políticas públicas de mobilidade urbana, saúde e educação, iniciativas que se constituem em alavancas de combate à desigualdade, na medida em que criam robusta rede de proteção social integrada com a RIDE, e de criação de ambiente favorável ao desenvolvimento econômico na medida em que permite condições de capacitação e salário indireto que barateia o custo de vida e o custo da empregabilidade.

Convenção Eleitoral

A tática eleitoral, as diretrizes do programa de governo e as nominatas definidas pelo Encontro Democrático, com as candidaturas a cargos majoritários – governador e vice, senadores e suplentes – e a deputados federais e distritais serão submetidas à homologação da Convenção Eleitoral do PT-DF convocada para o dia 5 de agosto, das 9h às 17h, no auditório do Sindicato dos Servidores Públicos do Distrito Federal (Sindsep).

Perfil do candidato a governador Júlio Miragaya

Júlio Flávio Gameiro Miragaya é carioca do bairro de Bangu, nascido em 1957, filho de pai padeiro e mãe dona de casa. Reside em Brasília desde 1992, atualmente na 413 Sul. Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável pelo CDS da UnB. Foi assessor na Câmara dos Deputados e Senado e Coordenador no Ministério de Integração Nacional. Foi presidente da Codeplan no governo Agnelo. Integrou a executiva da CUT-RJ e diversas entidades de classe além de presidir o Conselho Federal de Economia. Militou no movimento estudantil da UFRJ desde 1975. Fundador do núcleo pró-PT da UFRJ e presidente da Zonal do PT-RJ (Inhaúma) em 1980. Foi dirigente executivo Estadual do PT-RJ. É membro da coordenação do Diálogo e Ação Petista no DF (DAP) e foi delegado ao Congresso do PT/DF de 2017 participando da chapa unitária como um dos delegados da tese Unidade pela Reconstrução do PT.