A ministra Cármen Lúcia terá o voto decisivo em julgamento que pode tornar Jair Bolsonaro inelegível no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ela, que é vice-presidente da corte, será a primeira dos três magistrados restantes a dar um parecer no caso e deve garantir a maioria para a condenação do ex-presidente.
O julgamento tem três votos a um pela condenação de Bolsonaro e faltam os votos da ministra, de Kassio Nunes Marques e de Alexandre de Moraes, presidente do TSE. A sessão desta quinta (29) foi suspensa e será retomada nesta sexta (30), ao meio-dia, com a última reunião dos magistrados antes do recesso do Judiciário.
A previsão é que o placar encerre em cinco a dois contra o ex-presidente, com Cármen Lúcia e Moraes seguindo o relator e Kassio Nunes, indicado por Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal (STF) em 2020, votando a favor dele.
O primeiro a votar foi Benedito Gonçalves, relator do caso. Ele foi seguido por André Ramon Tavares e Floriano de Azevedo Marques. Houve um voto divergente, de Raul Araújo, que argumentou que o discurso de Bolsonaro na ocasião foi “normal” e “surtiu pouco efeito no eleitorado”.
O ex-presidente é alvo de ação por possível abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação oficiais durante reunião com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, em julho de 2022.
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