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As denúncias de assédio contra o presidente da Caixa Econômica Federal foram reveladas nesta terça-feira (28)

Bancários fizeram um ato em frente à sede da Caixa Econômica Federal, em Brasília, nesta quarta-feira (28) pedindo a saída de Pedro Guimarães da presidência do banco após as denúncias de assédio sexual.

Lideranças sindicais afirmam, no entanto, que o protesto acabou esvaziado porque os servidores da Caixa ficaram com receio de participar.

“Ontem, nós estivemos aqui lançando a campanha nacional [salarial] dos bancários e hoje o fluxo diminuiu bastante, o que me leva a crer que a pressão dentro do prédio está muito maior e as pessoas estão com medo de se aproximar”, disse Maria Gaia, diretora da Federação dos Bancários do Centro-Norte.

Bancárias e deputadas federais que participaram da mobilização colocaram uma fita na boca com a palavra “assediadas” e gritaram “Fora Guimarães”.

A Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal) distribuiu rosas para as funcionárias do banco.

O presidente da federação, Sérgio Takemoto, afirmou que o objetivo era manifestar solidariedade às mulheres e encorajá-las a denunciar os episódios de assédio.

“A questão do assédio moral e do assédio sexual infelizmente é a tônica dessa gestão. Estamos aqui para prestar solidariedade às mulheres que denunciaram esse comportamento absurdo do presidente da nossa empresa.”

Um levantamento feito pela Fenae mostrou que seis em cada dez funcionários da Caixa já sofreram assédio moral. A pesquisa, divulgada em fevereiro, ouviu 1.704 servidores da gestão Pedro Guimarães.
6% dos funcionários, segundo a mesmo levantamento, estavam afastados do trabalho por licença médica: 33% por depressão, 26% por ansiedade, 13% por Burnout e 11% por Síndrome do Pânico.

Durante o protesto desta quarta, bancários classificaram a gestão de Guimarães como “adoecedora” e afirmaram que os relatos de assédio moral são comuns.

Pedro Guimarães ignorou as denúncias e levou a esposa para um evento fechado do banco sobre o Plano Safra nesta quarta. A cerimônia foi no prédio da Caixa Cultural, em frente à sede -onde ocorreu o protesto.

Guimarães agradeceu a presença da mulher, Manuella Pinheiro Guimarães, mencionou os filhos e disse ter uma vida pautada pela ética. Ao final, exibiu o crachá da empresa.

As denúncias de assédio contra o presidente da Caixa Econômica Federal foram reveladas nesta terça-feira (28) pelo portal Metrópoles.

Uma funcionária do banco, que pediu para ter o nome preservado por receio de retaliação, afirmou à Folha que ficou em choque depois que Guimarães a puxou pelo pescoço e disse que “estava com muita vontade” dela.

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