Pedido de Simone Nascimento, do Movimento Negro Unificado, Lula, Alckmin e representantes dos movimentos sociais fazem um minuto de silêncio em homenagem a Genivaldo Jesus dos Santos, assassinado numa câmara de gás improvisada numa viatura da PRF, em Sergipe. Foto: Ricardo Stuckert
Lula pede para ser cobrado por movimentos sociais e ironiza Bolsonaro: “nem deve ter dormido depois do Datafolha”
Líder em todas as pesquisas de opinião realizadas até o momento, com chances de vencer ainda no 1º turno, o ex-presidente Lula ironizou Jair Bolsonaro ao comentar o mais recente levantamento do DataFolha divulgado quinta-feira (27).
A pesquisa revela que o petista ampliou a vantagem para 21 pontos em relação ao atual presidente. Na pesquisa, o ex-presidente aparece com 48% enquanto Bolsonaro foi citado por 27% dos entrevistados. Contabilizando apenas os votos válidos, já descontando brancos e nulos, Lula alcançaria 54%.
Líder em todas as pesquisas de opinião realizadas até o momento, com chances de vencer ainda no 1º turno, o ex-presidente Lula ironizou Jair Bolsonaro ao comentar o mais recente levantamento do DataFolha divulgado quinta-feira (27).
A pesquisa revela que o petista ampliou a vantagem para 21 pontos em relação ao atual presidente. Na pesquisa, o ex-presidente aparece com 48% enquanto Bolsonaro foi citado por 27% dos entrevistados. Contabilizando apenas os votos válidos, já descontando brancos e nulos, Lula alcançaria 54%.
O ex-presidente participou nesta sexta-feira (28) de um encontro com diversas lideranças e ativistas de movimentos sociais e populares, em São Paulo. A Agência Saiba Mais acompanhou o evento.
Representantes dos movimentos dos povos negros, indígenas, LGBTQIA+, associação nacional de transsexuais, União Nacional dos Estudantes, trabalhadores sem-teto, MST, CUT, PSOL e PT discursaram antes de Lula e Alckmin.
Uma homenagem a Genivaldo de Jesus Santos, assassinado por agentes federais numa câmara de gás improvisada dentro de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal em Sergipe foi prestada com placas e 1 minuto de silêncio.
O ex-presidente recebeu um documento com reivindicações de 87 organizações e reafirmou que, caso seja eleito para um terceiro mandato, vai trabalhar para incluir o pobre no orçamento e devolver dignidade e cidadania ao povo do país.
Lula também pediu que os movimentos populares cobrem dele as pautas que cada movimento reivindica.
Ele chegou a apontar para o presidente nacional da CUT, Vágner Freitas, lembrando que, durante os anos em que assumiu a presidência, nunca pediu para que os sindicatos não fizessem greve quando não tinham as reivindicações atendidas.
O petista deixou para o final do discurso, de pouco mais de 20 minutos, o comentário irônico sobre a pesquisa Datafolha divulgada no dia anterior ao evento.
– Vocês viram a pesquisa ontem (quinta-feira). Olha, eu imagino que o Bolsonaro não dormiu ontem. Eu imagino que ele pensou: ‘Que desgraça esse Lula tem? A gente faz fake news todo dia contra ele’”, afirmou, lembrando que, mesmo atrás das pesquisas, Bolsonaro é um adversário difícil de ser batido.
– A gente está começando uma caminhada, que não é fácil. A gente não está enfrentando um adversário fraco. A gente está enfrentando alguém que é perigoso, porque o comportamento dele não é democrático. Ele vive de ofender as instituições. Ele vive falando que só Deus vai tirar ele de lá [da Presidência]. Eu quero que ele saiba que o povo é a voz de Deus e vai tirar ele de lá”, afirmou, ovacionado pela plateia.
“Bolsonaro sabe que não merece outro mandato”, diz Alckmin
O encontro com movimentos populares foi o primeiro evento público em que Lula e Alckmin apareceram juntos. Foto: Rafael Duarte/Agência Saiba Mais
O encontro com os movimentos populares foi o primeiro evento público, após o lançamento da pré-candidatura de Lula à presidência em que o ex-presidente e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) apareceram juntos.
No próprio evento de lançamento, em 7 de maio, o ex-tucano só falou por vídeo por estar se recuperando da covid-19.
Para uma plateia formada por lideranças e ativistas de movimentos sociais e populares de São Paulo, muitos dos quais tiveram atritos com a gestão dele, Alckmin se comportou com desenvoltura, defendeu a união com Lula e atacou Bolsonaro:
– Não é fazendo motociata ou passeio de lancha que se constrói um programa popular. Não é que o Bolsonaro não confia na urna eletrônica, ele não confia é no voto dos brasileiros porque sabe que não merece outro mandato”, afirmou.
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