Mwene Mwatchisenge Wa Tembo, conhecido como o rei Lukhasa João, estará no Brasil no dia 8 de maio
No próximo dia 8 de maio, São Paulo receberá a visita de Mwene Mwatchisenge Wa Tembo, conhecido como o rei Lukhasa João, do povo Lunda Tchokwe, um dos vários grupos étnicos que ocupam o leste de Angola. Lukhasa João irá participar da cerimônia de outorga do título de Doutor Honoris Causa à Tata Nkisi Katuvanjesi (Walmir Damasceno), concedido pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
O evento está agendado para o dia 10 de maio, às 10h, no Anfiteatro Marcos Lindenberg, situado na rua Pedro de Toledo, 697, Vila Clementino, zona sul da capital paulista.A concessão honorífica é um reconhecimento não apenas ao mérito individual de Tata Nkisi Katuvanjesi, mas também simboliza um encontro ancestral de religação dos laços entre a população afrodiaspórica no Brasil e África.
A comitiva real que acompanhará o Rei Lukhasa João inclui figuras proeminentes, como Nganga Milonga Salau, ministro da Corte e diretor do gabinete de apoio ao Rei, o historiador Guilherme Chihumbue Martins, autor do livro “História e Identidade Cokwe”, que oferece um retrato histórico do povo Cokwe. Além disso, o secretário do Soberano tradicional, Txaka Dionísio, também estará presente para representar a riqueza e a tradição cultural do povo Lunda Tchokwe.
A relevância desse encontro vai além das fronteiras geográficas e temporais, representando uma oportunidade para refletir sobre os laços históricos entre o Brasil e Angola. Com a escravização que perdurou por mais de 400 anos no Brasil, aproximadamente 4 milhões de pessoas foram arrancadas de suas terras e culturas, sendo que 60% delas eram originárias da região que hoje conhecemos como Angola.
Além da cerimônia de outorga do título honorífico, o rei Lukhasa João participará de um debate na UNIFESP, como parte do pré-lançamento do ecoBANTU. Nesse evento, será realizada uma roda de conversa e o lançamento do livro “Entre As Duas Academias”, da Editora Dandara. A obra destaca a importância do mapeamento de terreiros na capital de São Paulo como parte de uma política pública e de reparação histórica para os povos negros do Brasil e de Terreiros.
Com informações do Brasil 247
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