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O fascismo é um recurso da burguesia para derrotar o movimento operário e destruir suas organizações. Apenas a luta nas ruas é capaz de esmagar o fascismo

A enorme repercussão negativa dos vídeos postados pelo presidente fascista Jair Bolsonaro e por muito dos seus assessores, inclusive ministros militares, defendendo o golpe de Estado, com o fechamento do Congresso e do STF, levou a um recuo em declarações do próprio presidente quanto ao incentivo do governo pela realização dos no dia 15 de março e também quanto aos seus propósitos.

Bolsonaro chegou ao ridículo de afirmar que um dos vídeos que se refere ao “atentado” que teria sido vítima em 2018 era de 2015. Na mesma medida os ministros militares baixaram o tom, o ministro da economia está segurando matérias de interesse do governo que deveriam ser enviadas ao Congresso e a imprensa burguesa e golpista começa a jogar “água fria” na tentativa de arrefecer a crise que está assumindo características explosivas.

Não é para menos. A explosão da crise mundial nos últimos dias, expressa no pânico das bolsas de valores por todo o mundo  – já anunciado como a pior semana desde a crise de 2008 – teve efeitos catastróficos na esfrangalhada economia brasileira, o que já coloca o “mercado” – leia-se, banqueiros e grandes capitalistas, elemento fundamental no apoio ao golpe de Estado de 2016 e na ascensão do bolsonarismo, com uma grande dúvida sobre a capacidade do governo Bolsonaro cumprir os objetivos do golpe.

As agruras de Bolsonaro não se resumem ao efeito potencializador do coronavírus sobre a economia mundial e brasileira. A crise política com o Congresso, a crise em quase todos os estados com as polícias militares, o fracasso em garantir a participação do partido fascista de Bolsonaro nas eleições de outubro e, principalmente, o repúdio social generalizado ao governo e impopularidade cada vez maior de Bolsonaro, colocam o governo numa via de liquidação.

Uma questão em todo caso que deve ser entendida é que o recuo de Bolsonaro e dos seus chefes militares, assim como já ocorreu em outros momentos, não significa um recuo definitivo. Muito ao contrário. Diante do agravamento da crise de conjunto, a utilização do recurso fascista pela burguesia é real e não apenas no Brasil. O golpe de 2016 e o chamamento da extrema-direita para as ruas é a prova disso.

É diante desse quadro que é estarrecedor a passividade com que a esquerda trata o fascismo. Primeiro, considera o fascismo como um movimento que se auto-procriou, ou seja, não é um recurso da burguesia para destruir o movimento operário e suas organizações diante da crise terminal do capitalismo. 

Como decorrência dessa visão absolutamente obtusa ver na direita que deu o golpe de 2016, derrubou a ex-presidenta Dilma, perseguiu e prendeu Lula, como um aliado preferencial para derrotar a sua própria cria. 

É essa política de frente ampla com partidos com o DEM, o PSDB, o MDB e políticos absolutamente direitistas e golpistas como Fernando Henrique Cardoso, Rodrigo Maia, Ciro Gomes e até Luciano Huck, o que tem bloqueado a luta de rua, a única efetiva para derrotar o fascismo e a direita golpista, os novos aliados preferenciais do PCdoB e da direita do PT.

Superar a barreira imposta por boa parcela da esquerda que busca canalizar a insatisfação popular para as eleições, como se essas, absolutamente controladas pelos golpistas, como se viu em 2016 e 2018 e assim será em outubro próximo, fossem capazes de fazer girar a roda da história ao contrário, o grande sonho dessa esquerda.

Ir para as ruas pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas é a única saída para derrotar o fascismo. O fascismo se derrota pelo combate direto e não por eleições. Uma outra questão é que a campanha pelo Fora Bolsonaro é uma grande arma por uma intervenção independente das massas, diante do agravamento da situação política e à possibilidade da direita usar um outro recurso possível que é o impeachment apoiada pela esquerda frente-amplista e promover uma operação para remover Bolsonaro, mantendo toda estrutura golpista que culminou com o próprio Bolsonaro.

É pelo conjunto da situação política que o recuo de Bolsonaro e dos militares deve ser respondido com o povo nas ruas. Nesse sentido, a realização de massivos contra-atos no dia 15 de março pode, isso sim, acuar a extrema-direita no Brasil.

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