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Carlos Bolsonaro. Foto: reprodução

Nesta segunda-feira (29), a Polícia Federal (PF) deu início a uma operação para apurar as atividades da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro. Segundo informações da colunista Andréia Sadi, do G1, um dos focos da operação é Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os mandados desta segunda miram contatos de Alexandre Ramagem (PL-RJ), aliados dele na época da Abin e no atual mandato como deputado federal. A ação de busca e apreensão tem como objetivo identificar possíveis destinatários de informações.

Um dos locais mencionados por uma fonte da PF é a Câmara do Rio de Janeiro, além da residência de Carluxo e o DF. A suspeita é de que Carlos, filho “02” de Bolsonaro, teria recebido “materiais” obtidos ilegalmente pela Abin.

Vale destacar que Carlos Bolsonaro chegou a ser anunciado como o gestor de comunicações de Alexandre Ramagem para a candidatura à prefeitura do Rio de Janeiro.

A ligação entre os dois foi um dos motivos de Ramagem ter seu nome barrado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, para o comando da PF, em 2020. À época, a relação de amizade dos dois já era conhecia e os dois passaram juntos a festa da virada de ano de 2019 para 2020.

Foto postada por Carlos Bolsonaro em rede social mostra à direita do vereador o delegado Alexandre Ramagem na festa da virada de 2019 para 2020 – Reprodução/Carlos Bolsonaro no Instagram

Além de Carlos Bolsonaro, um policial federal lotado na Abin na gestão de Ramagem também é alvo da ação de hoje. Ramagem, que teria passado informações da Abin para Carluxo, também é investigado e foi alvo de busca e apreensão na última quinta-feira.

Na decisão que autorizou a operação na última quinta-feira (25), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, teria utilizado o órgão para realizar espionagem ilegal em favor da família do ex-capitão.

As investigações da PF indicam que a Abin teria sido “instrumentalizada” para monitorar ilegalmente diversas autoridades e pessoas envolvidas em investigações, além de desafetos de Bolsonaro, durante o período em que o órgão era liderado por Ramagem.

Dentre as autoridades espionadas, destacam-se a ex-deputada Joice Hasselmann, o ex-governador do Ceará e atual ministro da Educação, Camilo Santana (PT), e o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

Com informações do Diário do Centro do Mundo

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