A Polícia Federal está intensificando suas investigações após ameaças direcionadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em redes sociais. Pelo menos três perfis de seguidores do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-SP) estão sob escrutínio devido a postagens feitas na última segunda-feira (25), em que o autor, identificado como André Luiz, mencionava um “rifle de precisão” e propunha a realização de uma vaquinha para a contratação de um mercenário.
A abertura do inquérito ocorreu por determinação do secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli. “Estou encaminhando hoje à Polícia Federal determinação para que apure ameaça feita ao presidente Lula nas redes sociais fazendo alusão a ‘rifle de precisão’ e ‘vaquinha para tal’. As redes sociais não são e não serão um terreno de incentivo a crimes contra as autoridades”, escreveu em sua conta no X, antigo Twitter.
Nas postagens, o bolsonarista também ironizou usuários que enviaram mensagens ao ministro da Justiça, Flávio Dino, pedindo ações contra tais ameaças. Outro perfil, com nome de Armindo Blodorn, escreveu que um eventual crime contra Lula seria uma “oportunidade para os drones de Israel fazerem uma festinha”.
Essa não é a primeira vez que o presidente Lula é alvo de ataques na internet. Em janeiro, um homem foi preso em Roraima por publicar uma mensagem que sugeria a necessidade de “colocar a bala na cabeça dele” durante a visita presidencial ao estado. Em agosto, um fazendeiro foi detido no Pará após denúncias de planejar um atentado contra Lula durante uma visita.
Além das ameaças ao presidente, a primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, também foi alvo de ataques cibernéticos. No início do mês, sua conta no X foi hackeada, e o autor postou conteúdo misógino e ofensivo direcionado a Lula e ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Um adolescente de 17 anos admitiu ter invadido o perfil de Janja e afirmou ter obtido informações do e-mail e senha da primeira-dama por meio de vazamento de dados na internet. Ele confessou ter feito mais de 30 postagens com ofensas. Outro jovem, também alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal, faz parte de comunidades “incel”, descrevendo aqueles que se consideram “celibatários involuntários”.
Com informações do Diário do Centro do Mundo
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