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“Todos estão cansados ​​do dólar, que se tornou uma ferramenta de influência, uma ferramenta para minar posições competitivas de países em diferentes regiões”, disse Lavrov

Sergei Lavrov (à esq.) e Luiz Inácio Lula da Silva
Sergei Lavrov (à esq.) e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Agência Brasil)

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou nesta quinta-feira (28) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi o principal promotor da criação de sistemas de pagamento alternativos ao dólar por parte do banco dos BRICS. 

“Na cimeira dos BRICS, foi definida uma tarefa muito clara e até mesmo uma exigência foi apresentada – dar aos membros do BRICS e a outros países em desenvolvimento que cresceram econômica e financeiramente, dar-lhes quotas no Fundo Monetário Internacional e no Banco Mundial que refletissem a sua peso económico real. Eles não querem, outra manifestação de como os Estados Unidos estão mutilando os seus próprios princípios de concorrência leal”, disse o chanceler russo à agência de notícias Sputnik e ao canal de TV Rossiya 24.

Ainda segundo ele, “todos já estão cansados ​​do dólar, que se tornou uma ferramenta de influência, uma ferramenta para minar as posições competitivas legítimas de países em diferentes regiões e uma ferramenta para interferir nos assuntos internos e na mudança de regime”.

Na entrevista, Lavrov observou que os 27 países interessados estão “na fila para receber pelo menos o status de um Estado-parceiro do BRICS”. “É impossível aceitar rapidamente todos os interessados na associação”, explicou. “Vamos introduzir gradualmente a cultura do BRICS na política global”, ressaltou. 

O grupo dos BRICS inclui atualmente Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Após a cúpula dos Brics de 22 a 24 de agosto em Joanesburgo, o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa anunciou a expansão do grupo. Em 1º de janeiro de 2024, os novos membros Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia ingressarão formalmente no BRICS. A Argentina também foi aceita como membro, mas o novo governo do presidente Javier Milei, um crítico dos BRICS, está atualmente a reconsiderar se Buenos Aires deverá ou não aderir ao grupo. A Rússia assumirá a presidência rotativa do Brics em 1º de janeiro de 2024.

Com informações do Brasil 247

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