Participação do Brasil no segmento mundial de exportação de serviços de engenharia caiu de 3,2% em 2015 para apenas 0,5% em 2020
Os efeitos da Lava Jato e do golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) fizeram com que as principais construtoras brasileiras perdessem participação no mercado mundial de exportação de serviços de engenharia. Segundo o site Poder360, um levantamento do advogado Evaristo Pinheiro, ex-diretor jurídico da Odebrecht e ex-presidente do Sinicon (Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada-Infraestrutura), aponta que o Brasil tinha só 0,5% do mercado global deste segmento em 2020, ante 3,2% em 2015. Dilma foi impedida de governar a partir de 2014, quando seu vice, Michel Temer (MDB), passou a sabotá-la, com o apoio do então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Ela acabou deixando formalmente o poder em 12 de maio de 2016.
“Em 2020, o ano dos dados mais recentes, o total atingiu US$ 420 bilhões, o equivalente a R$ 1,4 trilhão. O Brasil chegou a ter 3,2% desse mercado, em 2015, quando o total era maior: US$ 500 bilhões (R$ 2,7 trilhões). Se mantivesse a mesma fatia de participação, o país teria exportado US$ 11 bilhões a mais em 2020, segundo estimativa de Pinheiro”, ressalta a reportagem. Playvolume
O estudo aponta, ainda, que a redução das exportações dos serviços de engenharia chegou a 85% entre 2015 e 2020, sendo afetada pela redução das linhas de crédito que variaram de 83% a 91%.
“Todos os países que têm maior participação no mercado fazem isso. Os benefícios são grandes, porque, além dos serviços, as obras levam à exportação de produtos de alto valor agregado”, afirmou Pinheiro, segundo a reportagem. Em 2020, a liderança no segmento era ocupada pela China, com 26% do mercado, com a Espanha logo em seguida, com uma participação 15%.
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