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Brasileiros têm entre 35 e 40 anos e foram presos na Espanha

A prisão aconteceu na tarde de segunda-feira (27). A dupla, que vivia na Espanha, seria responsável por disseminar na Internet propagandas jihadistas e manuais para assassinatos em massa.

A ação envolveu a Guarda Civil espanhola, a Polícia Federal do Brasil, o FBI e a Agência da União Europeia de Cooperação Policial (Europol). Os dois irmãos foram presos em Estepona, Málaga, na Espanha.

Os brasileiros têm entre 35 e 40 anos e frequentavam academia todos os dias. Chegaram a Estepona no início do ano e, desde então, um deles trabalha na construção e outro no setor das piscinas, relata o jornal El País.

A Guarda Civil espanhola divulgou que há ligação entre os dois brasileiros com outros indivíduos também investigados e detidos em países europeus por vínculo com terroristas islâmicos.

Fontes da investigação destacaram ao jornal espanhol que esta é a primeira vez que duas pessoas de nacionalidade brasileira são detidas em uma operação contra o terrorismo jihadista.

“Destaca o impacto da propaganda jihadista em todo o mundo, mesmo em áreas como a América Latina, onde o impacto dos ataques é muito menor”, ​​sublinham estas fontes, destacando que o perfil dos detidos neste tipo de investigação “é muito variado” e não existe um padrão devido à idade, posição socioeconómica ou educação.

Ainda segundo os investigadores, os brasileiros estavam em processo de radicalização na Internet e usavam plataformas de mensagens instantâneas para mostrar apoio ao Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países), com divulgação de material sobre atividades terroristas realizadas em diferentes localidades e manuais para confecção de explosivos, segundo o canal CNN Brasil.

Ainda não está definido se os brasileiros responderão pelo crime na Espanha ou se haverá pedido de extradição, diz a mídia.

No começo do mês, a Polícia Federal prendeu duas pessoas suspeitas de ligação com Hezbollah. Segundo a PF, os brasileiros estariam planejando ataques contra edifícios pertencentes à comunidade judaica do Brasil.

De acordo com investigações do Departamento de Justiça norte-americano, todos os anos a ala armada do grupo libanês Hezbollah faturaria pelo menos US$ 1 bilhão (R$ 4,8 bilhões) em atividades criminosas ao redor do mundo. E cerca de um terço dessa renda viria da América Latina, conforme noticiado.

Com informações do Brasil 247

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