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Em outras capitais, como São Paulo, Porto Alegre e Belém, partido se aliou a candidatos progressistas, reforçando a luta em defesa do povo e contra o arrocho imposto pelo Palácio do Planalto. Nesta reta final, candidatos enfrentam a máquina de mentiras de Bolsonaro e de adversários, que serão derrotados. “O PT cresceu”, comemorou a presidenta Gleisi Hoffmann 28/11/2020 11h13Agência PT

PT chega na reta final das eleições municipais de 2020 com candidaturas competitivas em 15 das 57 cidades cujos eleitores irão às urnas neste domingo, 29 de novembro. É a melhor performance de um partido político na disputa municipal em 2020.  E o PT ainda compõe a chapa em duas capitais importantes: Belém e Porto Alegre, com as candidaturas de Edilson Moura, vice na chapa de Edmilson Rodrigues (PSOL) e Miguel Rossetto, com Manuela D’Ávila (PCdoB). Em São Paulo, o PT fechou o apoio no segundo turno com Guilherme Boulos (PSOL).

“Chegamos na véspera das eleições mostrando que o PT é a melhor opção de voto para o povo”, destaca a presidenta nacional da legenda, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR). “As pessoas sabem quem faz a defesa de verdade dos direitos do povo e está na linha de frente para encarar a onda neofascista e o arrocho fiscal imposto pelo Planalto”. Ela está confiante que o partido e os progressistas vão surpreender analistas e a velha mídia golpista, que decretou tantas vezes a morte das esquerdas no país. 

Nas pesquisas eleitorais, é possível constatar que o PT cresceu, enquanto Jair Bolsonaro se escondeu. O líder da extrema-direita optou por fugir do embate nas capitais durante a semana, gravando vídeos para candidatos de outras cidades. A estratégia adotada tem uma explicação: os aliados que disputam as capitais não ousam aparecer ao lado do presidente, campeão do desemprego e, por isso mesmo, mal avaliado nos grandes centros urbanos, até por conta dos 170 mil mortos e 6,2 milhões de brasileiros doentes do Covid-19. A política criminosa do governo Bolsonaro, sua falta de planejamento e o esforço de minimizar a pandemia e ignorar as medidas de isolamento social fizeram a popularidade de Bolsonaro despencar.

Além disso, o PT surge no segundo turno brigando em condições de vencer em muitas das cidades que concorre. Candidatos petistas nas capitais, como Marília Arraes (PT), que luta pelo comando da Prefeitura do Recife, enfrenta uma máquina de mentiras montada pelo adversário, João Campos (PSB), que tem o apoio das elites dominantes de Pernambuco. Ainda assim, Marília arrancou e está na frente, de acordo com o último Datafolha: 43%. O candidato do PSB usou a máquina e partiu para a ofensa, espalhando mentiras e pregando o antipetismo.

Bolsonarismo na ofensiva

rede de mentiras mais ofensiva e descarada, contudo, é aquela montada bolsonarismo. Desesperados, diante do iminente fracasso e da derrota nas urnas, as tropas do presidente que cercaram candidatos conservadores, partiram para ataques sujos. Despejaram mentiras, descarregando fel e pregando o ódio aos candidatos do PT. As intrigas e fake news invadiram cidades importantes onde a estrela vermelha de Lula e Dilma cresceu nas pesquisas, assim como as candidaturas progressistas que apoia.

É o caso de São Gonçalo, no estado do Rio, onde o candidato Dimas Gadelha (PT) avançou e enfrenta o Capitão Nelson (Avante), candidato de Bolsonaro, que ganhou até vídeo de apoio do presidente da República na última quinta-feira, 26. Na segunda maior cidade do estado do Rio, o PT está à frente, com 61%  das intenções de votos contra 39% de Nelson, de acordo com levantamento do Instituto Inteligence.

Em Vitória (ES), o petista João Coser também enfrenta o bolsonarismo, com um adversário truculento: Delegado Pazolini (Republicanos), que estava bem na frente no início da disputa e viu sua vantagem cair ao longo na campanha do segundo turno. Coser encostou e está ligeiramente atrás, mas vem surfando uma onda anti-conservadora e pode surpreender. Ainda no Espírito Santo, a professora Célia Tavares (PT) também cresceu neste segundo turno e pode surpreender na abertura das urnas no domingo. Ela está em situação de empate técnico com 49%, pouco atrás do candidato Euclério Sampaio (DEM), que tem 51%.

Além de Marília Arraes, na capital pernambucana, outras mulheres que colocaram suas candidaturas petistas na corrida eleitoral sofreram toda sorte de ataques diante do favoritismo em algumas cidades. É o caso das mineiras Marília Campos, em Contagem (MG), e Margarida Salomão, em Juiz de Fora (MG). Ambas sofreram ataques pesados e houve um esforço de desconstrução da imagem.

Ainda assim, as duas são a esperança de mudança nas duas grandes cidades mineiras. Contagem é a terceira maior do estado de Minas Gerais. E Juiz de Fora, a quinta maior. Marília lidera com 43% na última pesquisa da DataTempo/Quaest, divulgada no meio da semana, contra o empresário Felipe Saliba (DEM), que tem 33%. Em Juiz de Fora, Margarida saiu com 42 mil votos de vantagem, 40% dos votos válidos no primeiro turno, contra o empresário Wilson Rezato (PSB), que obteve 23% dos votos.

A estrela brilha na Bahia e São Paulo

No cinturão de São Paulo, o PT ainda tem chances de vencer o segundo em três municípios: Diadema, com o ex-prefeito José Filippi Jr.; Guarulhos, com a candidatura de outro ex-administrador experiente Elói Pietá; e Mauá, com o vereador Marcelo Oliveira. Os três concorrem contra os atuais prefeitos, que manobram verbas e cargos para se perpetuarem nas administrações, e já foram denunciados por uso ilegal da máquina pública contra os adversários.

Na Bahia, o partido também lidera a corrida no segundo turno em dois municípios administrados atualmente pelos seus adversários. É o caso de Zé Neto, em Feira de Santana, a segunda maior cidade da Bahia; e Zé Raimundo, em Vitória da Conquista. As pesquisas eleitorais dão conta que ambos têm a preferência popular e lideram a disputa nesta segunda rodada eleitoral contra os atuais prefeitos Herzem Gusmão, de Vitória da Conquista, e Colbert Martins, de Feira de Santana. Ambos são do MDB e apoiados pelo Democratas.

O PT ainda concorre em Anápolis, segunda maior cidade do estado de Goiás, com o candidato Antonio Gomide. Ele briga pela prefeitura da cidade que administrou por dois mandatos consecutivos, eleito em 2008 e 2012. Seu adversário é apoiado pelo Palácio do Planalto e é o atual prefeito, Roberto Naves (PP). Em Santarém, no Pará, a candidata petista Maria do Carmo, promotora de Justiça, enfrenta Nélio Aguiar (DEM), o atual prefeito do município, que é o segundo maior do estado. Na última pesquisa, divulgada no início da semana, Nélio liderava com 63% dos votos, contra 37% dela, que foi prefeita do município por dois mandatos, tendo sido eleita em 2004 e 2008.

Da Redação

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