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Depois de emplacar dois ministros, o escritor Olavo de Carvalho volta a atacar a esquerda, a universidade e qualquer um que ouse discordar de suas ideias. Sobre educação sexual nas escolas, ele diz: “Quanto mais educação sexual, mais putaria nas escolas. No fim, está ensinando criancinha a dar a bunda, chupar pica, espremer peitinho da outra em público”. Carvalho ainda critica os ‘gayzistas’ e o aquecimento global que, como o chanceler Ernesto Araújo, julga não existir.

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o guru de Bolsonaro desqualifica de antemão toda crítica que possa ser feita contra ele e celebra a ascensão da direita conservadora no Brasil. Carvalho diz que o Brasil viveu uma ditadura da esquerda, que todos os meios de comunicação são tomados por ideias esquerdistas e que ‘finalmente’, a democracia ressurgiu com a eleição de Bolsonaro.

Carvalho mergulha na iconoclastia como registro básico para toda e qualquer ideia a ser formulada. Para ele, o mundo todo está errado e só ele está certo. Torna-se, assim, muito atrativo para os Bolsonaros, pai e filhos, que veem no discurso de Carvalho, a panaceia para chancelar os projetos extravagantes de poder e de controle social.

Sobre sua relação com Bolsonaro, ele diz: “minha relação com ele é, literalmente nenhuma. Eu tive um hangout (conversa por aplicativo) com ele. Conversei com ele por telefone três vezes, com o filho umas duas ou três, dois deles estiveram aqui por algumas horas. Isso foi tudo.

O escritor ainda fala sobre ofertas que recebeu para compor o novo governo: “Me ofereceram dois ministérios, da Educação e da Cultura. Eu rejeitei os dois. Se fosse para aceitar um cargo público, o único que eu aceitaria seria esse. Por quê? Motivo muito simples, eu odeio isso, isso para mim seria a minha morte. Mas o Brasil precisa de dinheiro. E onde é lugar para buscar dinheiro? É aqui, porra!”

Carvalho comenta também sobre sua contribuição para a ascensão da direita no Brasil: “o que eu fiz foi o seguinte: arrebentar com a hegemonia intelectual esquerdista em algumas áreas do país. Isso eu fiz basicamente com dois livros, na verdade, três: ‘A Nova Era e a Revolução Cultural’, ‘O Imbecil Coletivo’ e ‘O Mínimo que Você Precisa Saber para não Ser um Idiota’. Esses três livros provocaram um furor no meio esquerdista, mas nunca foram respondidos à altura. No mundo, a intelectualidade esquerdista também caiu. Sobraram só dois que pensam, que são David Harvey e o Antonio Negri. Como a intelectualidade brasileira é dependente do exterior, a queda da intelectualidade esquerdista internacional provocou o fim da intelectualidade esquerdista brasileira.”