Com ligações históricas com as milícias, Jair Bolsonaro facilitou a compra de armamentos, ignorando estudos técnicos
O governo de Jair Bolsonaro, ligado historicamente às milícias do Rio de Janeiro, ignorou estudos do Exército ao facilitar a compra de armas no Brasil, aponta reportagem do jornal O Globo, desta segunda-feira. “Documentos mantidos em sigilo pelo governo mostram que o Exército elaborou estudos, encomendou pareceres e até fez consultas a fabricantes antes de editar, no início do ano, três portarias com novas regras para controlar a produção de armas e munições. Os documentos sustentam a importância dos atos para reforçar a fiscalização do setor e até auxiliar nas investigações de crimes. Apesar das indicações de trabalhos técnicos do Exército, as portarias foram revogadas por determinação do presidente Jair Bolsonaro em abril”, aponta reportagem de Francisco Leali.
“Depois da ordem presidencial, o Exército passou a sustentar publicamente que os estudos prévios que embasaram as portarias continham erros e, por isso, os atos tinham sido revogados”, lembra ainda o jornalista. Procurado, o Exército informou, por meio de nota, que as três portarias foram revogadas “em virtude de questões técnicas e de redação”.
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