O projeto, aprovado no governo Michel Temer, ampliou a precariedade do trabalho no país com a justificativa de gerar novos empregos
O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Lélio Bentes Corrêa, afirmou à Folha de S. Paulo que a reforma trabalhista de 2017 não entregou todos os resultados que prometeu. O projeto, aprovado no governo Michel Temer (MDB), ampliou a precariedade do trabalho no país com a justificativa de gerar novos empregos.
Corrêa afirma que um dos pontos da reforma que não se confirmou é que a revisão das leis reduziria o número de processos judiciais. No entanto, as ações caíram apenas no ano seguinte à aprovação do texto. “No TST, nós temos um quadro de a cada ano termos mais processos chegando. Então, há um fator de inconformismo das partes [diante] dessas regras da nova legislação”, disse.
Os dados do TST mostram que o número de processos recebidos pela Justiça do Trabalho em 2023 totalizaram 3,5 milhões, 11,3% maior do que no ano anterior. Segundo Lélio Bentes Corrêa, os dados comprovam a insatisfação com as mudanças feitas na reforma. “Lamento constatar que a reforma trabalhista não entregou os resultados que prometeu. Não pacificou conflitos. A redução do número de processos foi momentânea. No segundo momento já começou a subir de novo” .
O presidente do tribunal também reforça que a perspectiva adotada pela reforma trabalhista amedronta os trabalhadores de irem à Justiça. “Temo que alguns aspectos da reforma tenham adotado uma perspectiva de tentar resolver o conflito trabalhista formalmente, e não na essência. Isso não resolve o problema. Isso amedronta a parte de ir à Justiça. O movimento que temos de fazer é justamente o oposto. Devemos nos aproximar da sociedade, nos colocar à disposição, inclusive para mediar conflitos sem processos trabalhistas”, explica.
Outro ponto questionável citado por Corrêa é o fim da contribuição sindical obrigatória, condição que enfraqueceu os sindicatos no Brasil. “Precisamos de sindicatos fortes, de representações patronais fortes, para que as próprias partes interessadas possam produzir acordos em convenções coletivas capazes de resolver o conflito. Se nós temos sindicatos enfraquecidos, sem condições de promover o custeio da própria atividade sindical, vamos ter uma desproporção na balança de poder na relação de trabalho que gera ainda mais conflitos”, afirma.
Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV (FGV-Ibre) revela que 67,7% dos trabalhadores autônomos, incentivados pela reforma trabalhista a aderirem à informalidade, agora desejam um emprego com carteira assinada. Hoje, 25,4 milhões de brasileiros trabalham como autônomos. Cerca de 44% deles ganham até um salário mínimo, e 45% não conseguem prever sua renda para os próximos seis meses.
Com informações do Brasil 247
Quer ficar por dentro do que acontece em Taguatinga, Ceilândia e região? Siga o perfil do TaguaCei no Instagram, no Facebook, no Youtube, no Twitter, e no Tik Tok.
Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre Ceilândia, Taguatinga, Sol Nascente/Pôr do Sol e região por meio dos nossos números de WhatsApp: (61) 9 9916-4008 / (61) 9 9825-6604.
Lambe-botas, Marçal posta VÍDEO ao lado de Trump: “Salve o Brasil, por favor”
O coach e influenciador Pablo Marçal (PRTB) voltou a chamar atenção nas redes sociais ao pedir ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que “salve o Brasil”. O momento foi registrado e compartilhado no Instagram nesta terça-feira (21), após a posse de Trump. Na publicação, Marçal também trocou sua foto de perfil para uma imagem…
Janja compartilha vídeo de Erika Hilton em defesa do governo Lula sobre Pix
Deputada do PSOL saiu em defesa da medida do governo Lula, afirmando que a norma tinha o objetivo de garantir maior transparência e coibir irregularidades A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, compartilhou nesta segunda-feira, 20, o vídeo da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) em defesa da fiscalização do Pix. Segundo Janja, a publicação da parlamentar, que rebateu as…
Com 2026 na mira, Lula tenta correção de rumo do governo
Em reunião ministerial, presidente cobra integrantes do primeiro escalão, fala em reparar erros e alerta que a corrida eleitoral já começou Com a popularidade em queda e sucessivas crises envolvendo sua gestão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vê ameaças no horizonte para 2026, seja para tentar a recondução, seja para eleger o sucessor.…