Entre maio e agosto, o DF registrou uma seca severa, considerada fora do normal. Em setembro, a situação pode ser igual ou pior
O Distrito Federal está passando pela pior seca dos últimos 44 anos e, segundo especialistas do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), a situação deve continuar igual ou piorar no próximo mês.
Até o momento, no período de maio a agosto, o ano de 2024 foi o com menor incidência de chuvas desde a década de 1980.
Além da capital federal, outros 16 estados brasileiros enfrentam a pior seca dos últimos anos. A pesquisadora do centro, Ana Paula Cunha explica que a escassez histórica de chuvas pode se manter em setembro.
“Nesse período [de maio a agosto], há áreas com seca excepcional. É uma categoria muito rara, algo que nunca vimos em grande extensão. Analisando a curto prazo, em setembro pode ser que piore mais a situação, porque não tem previsão de chuvas”, diz.
A seca, segundo Ana Paula, teve início ainda em 2023. No caso do DF, em dezembro, a escassez de chuva chegou à categoria “moderada”.
A pesquisadora ainda esclarece que o recorde na baixa incidência de chuvas, mesmo no inverno, é preocupante.
“O inverno é um período em que chove pouco, mas ainda chove alguma coisa. Neste ano temos localidades que não registraram nenhum precipitação.”
Projeção para 2040
A especialista revelou que a projeção feita pelo Cemaden para a situação da seca no país nos próximos anos é preocupante. Em 2040, a tendência é que haja uma seca severa igual ou pior à registrada neste ano.
“A médio e longo prazos, o cenário que mostra a projeção de seca para 2040 é de que as regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste tenham períodos excepcionais de seca.”
Cemaden
4ª cidade mais poluída do Brasil
Na noite do último domingo (25/8), a qualidade do ar do Distrito Federal chegou à classificação “péssima”, por volta das 19h, e permaneceu assim até as 3h desta segunda-feira (26/8), de acordo com o Ibram.
Devido a esse grande número de resíduos e fumaça no ar, Brasília foi considerada a 4ª cidade mais poluída do Brasil nessa segunda-feira (26/8), conforme dados do site AQI.
Além disso, a capital federal apresentou uma concentração de partículas de poeira 2,3 vezes acima do valor-limite indicado como saudável pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Não só as queimadas em todo o país, mas os incêndios que ocorrem no próprio Distrito Federal também foram motivadores para gerar a espessa nuvem de fumaça nos últimos três dias no DF.
Para os próximos dias, a expectativa é que a qualidade do ar melhore. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), uma mudança na direção dos ventos está prevista para “empurrar” a fumaça sentido leste.
Ainda segundo o Inmet, é possível até que a população do DF possa voltar a esperar um céu praticamente limpo a partir deste fim de semana.
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