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O líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (PT-RS), repudiou, em pronunciamento na tribuna, nesta terça-feira (27), as piadas, ironias e ataques dos procuradores da Operação Lava-Jato em relação às mortes que afligiram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua família. Os ataques dos membros do Ministério Público, feitos em diálogos travados por meio do aplicativo Telegram, foram revelados em nova reportagem da série “Vaza Jato” publicada pelo UOL em parceria com o Intercept Brasil.

Segundo o líder petista, estas são “pessoas desprovidas de qualquer valor moral, de qualquer valor ético, são pessoas desprovidas de escrúpulos”. As mortes de Marisa Letícia, esposa, o neto Arthur e o irmão Vavá, foram alvo do ódio de procuradores e procuradoras por Lula.

“Um indivíduo que, no exercício da sua função profissional, acha-se no direito de tripudiar diante daquele que perde a esposa ou um filho ou um neto e se acha no direito de transformar essa tragédia em piada, de transformar essa tragédia em motivo de satisfação, ironia e cinismo é um indivíduo que não apenas será condenado pela sua irresponsabilidade com a história do País e com a democracia, mas também será condenado por revelar esse lado perverso e cruel, inaceitável a qualquer cidadão, em particular um servidor público no exercício de sua função”, afirmou Pimenta.

Na opinião do deputado gaúcho, a atitude dos procuradores deixou a sociedade brasileira perplexa. “As palavras utilizadas, o cinismo, a risada diante da morte da dona Marisa, o deboche diante da perda do irmão do presidente Lula e o deboche dos procuradores e das procuradoras diante da morte do neto do presidente Lula precisam fazer com que a sociedade brasileira enxergue diante de quem nós estamos”, enfatizou o líder.

Quadrilha
“Além de uma quadrilha de criminosos, de uma quadrilha de bandidos, estamos diante de uma quadrilha de seres perversos, doentes, desprovidos de qualquer atributo de natureza ética ou moral, que envergonha o Ministério Público”, acrescentou Pimenta, que também questionou como uma instituição tão importante quanto o Ministério Público fosse capturada “por esse bando de covardes” e “cretinos”.

Covardia institucionalizada
Na visão de Pimenta, se o Brasil não estivesse vivendo um “processo de covardia institucionalizado”, os procuradores não permaneceriam “mais nenhum dia nos cargos que exercem ou ocupam” porque, junto com o ex-juiz Sérgio Moro, “envergonham o Poder Judiciário e o Ministério Público, sapateiam a democracia, o Estado Democrático de Direito e a Constituição”.

Porto Rico
Sem citar nomes, Pimenta lembrou a renúncia do governador de Porto Rico, Ricardo Rosselló, após o vazamento de conversas privadas do político que mostraram “um lado perverso, reacionário, homofóbico e cruel”. O petista destacou a “reação da sociedade e da imprensa no sentido de que alguém desprovido de valores éticos e morais jamais poderia ocupar uma função como aquela que ele ocupava” e comparou o caso com os novos diálogos – que “envergonham qualquer pessoa” revelados pelo Intercept Brasil.

“Esses procuradores e procuradoras reúnem os atributos éticos e morais necessários para exercerem os cargos que exercem? E eu respondo: não, não! Não é possível que a sociedade brasileira silencie diante de tamanha indignidade, de tamanha desfaçatez”, frisou Pimenta

O deputado encerrou o seu pronunciamento manifestando solidariedade ao presidente Lula e a sua família e cobrando a “condenação veemente a essa quadrilha de bandidos que se autointitula Lava-Jato”.

 

 

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