Preso ao tentar deixar o Brasil rumo à Argentina, na última quarta-feira (26), o bolsonarista Allan Frutuozo da Silva tem histórico de violência contra mulher e porte ilegal de armas, segundo a Abin (Agência Brasileira de Inteligência). As informações foram obtidas pelo UOL.
O documento sigiloso aponta que Frutuozo “se identifica como jornalista independente, tem histórico de violência contra mulher e de porte ilegal de armas”. O relatório, no entanto, não especifica a fonte da informação nem detalha os casos.
De acordo com a Abin, em vídeos após os ataques terroristas em Brasília, no dia 8 de janeiro, ele “incita pessoas contra a autoridade estatal, contesta os resultados das eleições presidenciais de 2022 e as medidas de polícia judicial executadas contra os invasores das sedes dos Poderes, além de alimentar teorias conspiratórias”.
A Abin também localizou publicações em redes sociais nas quais o bolsonarista aparecia em estandes de tiro treinando com carabina automática e pistolas. O órgão não confirma, mas “infere”, segundo diz no relatório, que Frutuozo tenha registro de CAC (caçador, atirador ou colecionador).
Frutuozo é investigado por suspeita de participar, divulgar e incentivar o ataque ao principal prédio da Polícia Federal (PF) de Brasília, no dia 12 de dezembro. Na ocasião, golpistas tentaram libertar um indígena detido naquele dia.
O apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também incentivou uma eventual intervenção das Forças Armadas ao discursar em um ato bolsonarista no Rio de Janeiro, a quatro dias do 2º turno das eleições de 2022.
“Não adianta ficarmos reclamando ou sofrendo antecipadamente. Nós temos as nossas Forças Armadas como órgão para estar fiscalizando as nossas eleições (…). A nossa obrigação é virar voto. Se vai ter que quebrar o pau depois, aí não é conosco, é com as Forças Armadas”, escreveu Allan no Instagram.
Publicado por Yurick Luz
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