Trabalhadores colhem frutos da decisão de Lula de retomar valorização do piso mínimo, considerado o farol dos salários no país, e que havia sido abandonada por Bolsonaro
Efeito Lula: reajustes garantem mais poder de compra ao trabalhador
Depois de sete anos com salários reajustados abaixo da inflação, marca dos governos Temer e Bolsonaro, os trabalhadores brasileiros estão colhendo os benefícios da decisão do presidente Lula de implantar uma política de valorização do salário mínimo, classificada por ele como “intocável”.
Em maio, mais de 87% dos reajustes salariais negociados ficaram acima do Índice de Preços ao Consumidor (INPC) e somente 2,3% ficaram abaixo, conforme divulgado pelo Dieese. Os 10,4% restantes tiveram acordos iguais à inflação. No primeiro trimestre de 2024, pelo menos 85% dos reajustes tiveram ganhos reais.
“Dinheiro no bolso de quem constrói o Brasil”, escreveu o líder do governo na Câmara, deputado federal José Guimarães (PT-CE), em sua conta na rede X, comemorando os resultados divulgados pelo Dieese.
Ao reajustar o salário mínimo acima do índice inflacionário, o governo gera um efeito cascata na sociedade brasileira, funcionando como um farol para as negociações salariais. Ou seja, a política do governo Lula para o salário mínimo induz ao ganho de renda do restante da população que recebe mais de um salário.
Com mais renda e poder de compra, a população vai alcançando patamares de segurança alimentar e o país entra num cenário de redução de desigualdades, como quer o presidente Lula. Em suas redes sociais, ele postou trecho de entrevista ao portal Uol.
“Eu tenho obsessão e compromisso de manter a inflação controlada porque eu quero que as pessoas possam viver dignamente e comer do bom e do melhor”, salientou, ao reiterar que não haverá desvinculação de Benefício de Prestação Continuada (BPC) e pensões do salário mínimo, e que quer um estado indutor do crescimento.
Durante reunião na manhã desta quinta-feira passada(27) do Reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável em Brasília, a diretora do Dieese, Adriana Marcolino, destacou que o desemprego está em queda, o emprego tem crescido e há elevação na renda do trabalho.
“Ainda temos um longo caminho a percorrer para ampliar direitos e garantia de trabalho decente, mas estamos dando passos importantes nessa direção. As políticas estruturantes de desenvolvimento foram retomadas e podem reposicionar o país gerando mais riqueza”, observou.
O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) também postou sobre os ganhos salariais decorrentes da política acertada do governo Lula para o salário mínimo. “Isso é mais poder de compra, mais comida na mesa, e mais dignidade pro trabalhador”, salientou.
Piso médio de maio foi 20% acima do mínimo
“A inflação controlada ajuda a alcançar a valorização dos salários”, publicou a revista IstoÉ Dinheiro em matéria que faz o registro do melhor resultado dos últimos sete anos e cita que a média dos reajustes foi de 5%, contra um INPC acumulado de 3,3% nos últimos 12 meses. “O reajuste real (ou seja, descontada a inflação) fica assim em 1,8%, ou 1,3% ao considerar apenas o período de janeiro a maio de 2024”, informa a matéria.
Os maiores reajustes acumulados nos primeiros meses do ano foram registrados nas atividades de limpeza urbana, asseio e conservação; e em refeições coletivas, ambos com 3,3%.O piso mediano aprovado nas convenções de maio foi de R$ 1.705, valor 20,8% acima do atual salário mínimo (R$ 1.412), disse a IstoÉ.
A Agência Globo também destacou os ganhos revelados pelo Dieese, que apontou que 86,4% dos reajustes da indústria e serviços registram ganhos acima da inflação em 2024 e que o comércio apresentou percentual menor, de 75,3%.
“Em relação aos pisos salarias analisados nos quatro primeiros meses do ano, o maior valor médio foi de R$ 1.639,83. Na comparação por setores, o maior valor médio é o do comércio (RS$ 1.696,57), seguido pela indústria, com o menor (R$ 1.579,50). No setor rural, o reajuste médio do piso foi de (R$ 1.636,02) e o de Serviços (R$ 1.661,32)”, divulgou a agência.
País não fará ajuste em cima dos pobres
Para distribuir renda e estimular o crescimento, o presidente Lula garantiu o repasse do aumento do PIB ao reajuste do salário mínimo e a outros benefícios. “Não farei ajuste em cima dos pobres”, disse ele em entrevista ao portal Uol nesta quarta-feira (26).
O salário mínimo não será alvo de nenhuma política de “corte de gastos” para equilibrar as contas. “Garanto que o salário mínimo não será mexido enquanto eu for presidente da República (…) O crescimento do PIB é exatamente para isso, pra você distribuir entre os 200 milhões de brasileiros. E eu não posso penalizar a pessoa que ganha menos”, salientou Lula, ao falar da isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 2.640.
“E vou chegar a R$ 5 mil. É importante lembrar que tenho um compromisso histórico, até o final do meu mandato eu vou chegar até R$ 5 mil sem pagar imposto de renda”, reiterou.
Com informações do PT Org
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