Deputado federal Chiquinho Brazão e o Conselheiro do Tribunal de Contas Domingos Brazão estão presos sob a acusação de serem os mandantes do homicídio da vereadora Marielle Franco
Sputnik – Presos sob a acusação de terem planejado o assassinato de Marielle Franco, o deputado federal Chiquinho Brazão e o irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), abriram uma solicitação nesta terça (28) ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para que possam ser ouvidos pela Polícia Federal (PF).
As defesas de ambos solicitaram também uma entrevista prévia e reservada dos presos com seus advogados e a presença de seus representantes legais durante o ato.
“Para além do desrespeito à determinação de Vossa Excelência, fato é que a situação ganha contornos ainda mais graves no caso concreto, uma vez que o peticionário se encontra acautelado no Presídio Federal de Campo Grande, onde o próprio exercício da defesa vem sendo inviabilizado, uma vez que os advogados não tiveram assegurado o direito de comunicação pessoal e reservada”, alegam os advogados de Chiquinho Brazão, Cleber Lopes, Rita Machado e Murilo de Oliveira.
Os advogados solicitaram que o deputado seja transferido para o Presídio Federal do Distrito Federal, para que possa se defender presencialmente nas sessões do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados no processo de cassação de seu cargo.
Ontem (27), Alexandre de Moraes autorizou que a PF ouça o depoimento do delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa, que também está preso, acusado de ter participado do assassinato da vereadora.
Os três foram denunciados ao STF pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por homicídio e organização criminosa e estão presos. Segundo as investigações, o ex-chefe da Polícia Civil deu orientações, a mando dos irmãos Brazão, para a realização dos disparos contra Marielle e o motorista Anderson Gomes.
A defesa de Rivaldo Barbosa questionou a credibilidade dos depoimentos de delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, réu confesso do assassinato e que apontou o delegado e os irmão Brazão como participantes do crime.
Os irmãos Brazão foram citados como mandantes do assassinato de Marielle Franco em depoimentos de Lessa, preso desde 2019 sob acusação de ser autor dos disparos que mataram a vereadora. No dia 19 de março, o STF homologou o acordo de delação premiada de Lessa. A Inteligência da PF indicou que os irmãos Brazão estavam em alerta desde a homologação.
Lessa afirmou que os acusados integram um poderoso grupo político no Rio de Janeiro, com vários interesses em diversos setores no estado.
Com informações do Brasil 247
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