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JN dá 21m16s de cobertura à CPI e Bolsonaro volta ao auge da rejeição; Brasil poderia ter sido o primeiro a vacinar, diz diretor do Butantan

“O Brasil poderia ser o primeiro país do mundo a começar a vacinação.”

É diante dessa afirmação que a CPI tem início hoje. Bolsonaro fez política com a vacina e o ministério da saúde, assim como ele, deu as costas ao povo brasileiro. pic.twitter.com/TmVM6ZpJKH
— Humberto Costa (@senadorhumberto) May 27, 2021

Não sou médico e por isso jamais receitei remédios. E nunca na história do Brasil algum governante se dedicou a ser propagandista de remédio. Somente agora. Isso tem cara e cheiro de corrupção. Alguém estava querendo ganhar ou ganhou dinheiro com essa maluquice. Flávio Dino, governador do Maranhão, sobre a insistência do governo Bolsonaro em empurrar a cloroquina.

Da Redação

A CPI da Pandemia parece ter tido impacto na popularidade do presidente Jair Bolsonaro, segundo a primeira pesquisa feita inteiramente depois que a investigação do Congresso começou.

A cobertura tem sido massiva, não só nas redes sociais, como nas emissoras de rádio e TV.

Para se ter uma ideia, o Jornal Nacional, da TV Globo, dedicou 21 minutos e 16 segundos apenas à CPI nos três primeiros dias da semana, além de todo o noticiário relativo à pandemia — falando em mortes, lotação de UTIs, chegada da variante indiana e possibilidade de terceira onda, além dos problemas da vacinação.

Hoje, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, detonou uma bomba que certamente terá espaço no telejornal simpático ao governador paulista João Doria: o Brasil poderia ter sido o primeiro país a vacinar contra o coronavírus e só atrasou o início da imunização em três meses por causa de problemas criados pelo governo Bolsonaro.

Em duas semanas, a desaprovação do governo Bolsonaro subiu quatro pontos e igualou o recorde anterior da série histórica, 59%.

A aprovação caiu de 36% para 35%, dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais.

A avaliação do trabalho de Bolsonaro como presidente voltou a 55% de ruim e péssimo, com 28% de ótimo ou bom.

Como disse ao Viomundo o presidente do Vox Populi, Marcos Coimbra, Bolsonaro não tem muito de onde tirar, com a perspectiva de a pandemia matar meio milhão de brasileiros antes do final de julho.

Coimbra também nos disse que, com a volta das pesquisas presenciais, como as do Datafolha e do próprio Vox Populi, ficará mais clara a ampla vantagem eleitoral que o ex-presidente Lula tem até aqui na pré-campanha.