Governo anunciou inclusão de novo grupo de pessoas no público-alvo da imunização contra o HPV que é distribuída pelo SUS
O Ministério da Saúde anunciou neste sábado (27/4) que atualizou a lista de pessoas que podem tomar a vacina contra o HPV na rede pública. O governo incluiu os pacientes com papilomatose respiratória recorrente (PRR), um tipo de tumor benigno que forma verrugas na região das pregas vocais e que, em geral, é causado por infecções pelo HPV.
A inclusão foi motivada por uma série de publicações científicas que demonstram os benefícios da vacina como tratamento auxiliar para pacientes com esses tumores benignos. Em ensaios clínicos, pacientes que foram imunizados contra o HPV tiveram uma redução de chance de ter uma recidiva do tumor. A vacina será ofertada mediante apresentação de prescrição médica.
O tratamento para PRR é feito com a remoção cirúrgica das verrugas, mas elas costumam reaparecer e nos casos de recidiva as chances de cura são menores, gerando tratamentos longos, custosos e dolorosos aos pacientes. Com a vacinação pelo HPV, o governo espera diminuir a quantidade de procedimentos que pessoas com a condição tem de passar.
Quem pode se vacinar contra o HPV?
Existem diversas vacinas que são dadas contra o HPV. Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina passou a ser oferecida em dose única no início deste mês para a prevenção de quatro tipos de HPV (6, 11, 16 e 18, os mais associados ao risco de câncer). Ela é dada para meninos e meninas na faixa etária entre 9 e 19 anos.
Vítimas de abuso sexual de até 45 anos pessoas que vivem com HIV, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea ou pacientes oncológicos com tumores malignos entre 9 e 45 anos também podem tomar o imunizante na saúde pública. Nestes casos, são dadas três doses da vacina, com um reforço aos 2 e o outro aos 6 meses depois da primeira dose.
Na rede privada, qualquer pessoa com menos de 45 pode recorrer à vacina e há até opções que protegem a uma gama maior de vírus.
Com informações do Metrópoles
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