Advogado revelou em depoimento ter sido extorquido por advogado ligado ao ex-juiz suspeito Sergio Moro
O novo juiz da Lava Jato, Eduardo Appio, da 13.ª Vara Federal Criminal de Curitiba, pediu nesta terça-feira (28) à Polícia Federal a abertura “urgente” de uma investigação para apurar as revelações do advogado Rodrigo Tacla Duran de que um advogado ligado ao ex-juiz suspeito Sergio Moro praticou extorsão na época da Lava Jato.
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Tacla Duran disse em depoimento a Appio e à PF na segunda-feira (27) que, em 2016, o advogado Carlos Zucolotto Júnior o procurou para exigir 5 milhões de dólares em troca de benefícios num acordo de colaboração. Na conversa, que Tacla Duran guardou através de um print de tela de celular, Zucolotto disse que acertaria os termos com DD (iniciais de Deltan Dallagnol, o comparsa de Moro nas ilegalidades cometidas pela Lava Jato). No depoimento, o advogado disse ainda que foi alvo da Lava Jato por não ter aceitado ser extorquido.
O ofício foi encaminhado ao superintendente da PF do Paraná Rivaldo Venâncio. “Encaminho a Vossa Excelência cópia da ata da referida audiência (notícia-crime) para fins de instauração urgente de inquérito policial visando a apuração da prática, em tese, de crime de extorsão (alegadamente agentes públicos federais)”, escreveu Appio.Playvolume
Em nota lançada após o depoimento de Tacla Duran, a assessoria de Sergio Moro afirmou que o senador é alvo de “calúnias” e que o político não teme “qualquer investigação”. Por sua vez, Dallagnol disse que o juiz Appio “acreditou” em um acusado que “tentou enganar autoridades da Lava Jato”.
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