Jornais estrangeiros começam a dar enfâse ao atentado a tiros contra ônibus da caravana de Lula, enquanto a mídia nacional ou faz “pouco caso” ou diz que “o PT falou”… a mídia estrangeira dá destaque ao atentado contra o ex-presidente, como um ato criminoso de opositores. Veja o resumo de três jornais sobre o atentado a Lula.
O jornal argentino Página 12, afirma que o atentado a tiros contra o ônibus do ex-presidente Lula, mostra o clima de guerra e intolerância política que vive o Brasil, onde dez dias atrás foi assassinada a vereadora Marielle Franco do PSOL, o jornal destaca que esse é o atentado mais grave depois de uma série de agressões de grupos conservadores a caravana de Lula. O jornal também afirmou que mesmo com ameaças de violência e confrontos por parte de grupos e milícias de direita, a caravana de Lula não teve escolta policial em alguns pontos:
pesar de las denuncias anteriores de muestras de hostilidad en el inicio de la caravana, los micros del candidato con mayor intención de votoiban sin escolta policial. En las fotos que publicó el propio líder del PT en su cuenta de Twitter se observan los orificios que quedaron en los laterales de los micros.
O jornal argentino também informou que o Estado do Paraná foi o único que negou escolta policial para acompanhar a caravana por todo seu percurso e também destacou a “atitude passiva” de policiais que deixaram manifestantes jogarem ovos e pedras no ônibus e na coletiva:
El Estado de Paraná fue el único que se negó a ofrecer una escolta policial para la caravana de Lula,. El ataque de hoy fue el más violento contra la comitiva, pero no el primero. Como contó PáginaI12, la gira del ex presidente, viene enfrentando agresiones de grupos incentivados por grandes terratenientes y seguidores del actual diputado y capitán retirado del Ejército Jair Bolsonaro, quien marcha segundo en las encuestas de intención de votos para las elecciones presidenciales de octubre, pero a 20 puntos del histórico líder del PT.
En los anteriores ataques, en los que sí se contaba con una escolta policial brindada por los estados de Rio Grande do Sul y Santa Catarina, llamó la atención la actitud pasiva de las policías frente a grupos que cortaron rutas y tiraron piedras y huevos a la comitiva.
O jornal The New York Times também deu destaque e comentou sobre o atentado a tiros sofrido contra ônibus da caravana do ex-presidente Lula, destacando que o ônibus da caravana teria sido alvejado na passagem de Quedas do Iguaçu para Laranjeiras do Sul. Que os passageiros do ônibus ouviram durante o trajeto o som das balas e que uma perícia e investigação irão averiguar o fato.
Meanwhile, police officer Helder Lauria said passengers reported hearing a single gunshot while the buses were on the road and then found one “perforation” in each bus once they arrived in Laranjeiras do Sul. Police were still investigating Tuesday night, including taking statements from the people who were on the buses.
O jornal também afirmou que o Ministro da Defesa, Raul Jungman, classificou o atentado contra o ônibus como algo inaceitável e que tomará todas medidas legais e cabíveis para as investigações do caso.
O jornal francês Le Monde, entrou em contato com um dos que estavam presentes no ônibus atingido por tiros hoje, o jornalista que estava no ônibus, relatou horrorizado o clima de insegurança e como as balas foram disparada ao longo da estrada no trajeto até Laranjeiras do Sul.
Segundo o jornal francês, Lula antes de ser alvo de tiros, falou que iria recriar Ministério da Agricultura Familiar e legalizar terras de quilombolas, fortalecer a pequena agricultura, isso soou como provocação a latifundiários da região, segundo apurou o jornal francês:
Aucun indice ne permet à ce stade d’identifier le ou les tireurs. Mais la presse ne manquait pas de souligner la teneur des propos de Lula avant l’agression, promettant s’il était élu de recréer le ministère de l’agriculture familiale et de légaliser les terres quilombolas, celles des anciens esclaves. Une provocation dans un Sud dominé par les « fazendeiros », les grands propriétaires terriens.
Outro ponto que o jornal francês informou foi que o Estado do Paraná não forneceu escolta policial integral ao ex-presidente Lula e sua caravana. E o jornal também fala de um possível confronto que pode explodir em Curitiba entre simpatizantes de Lula e de Bolsonaro.
Leia também: Atentado a tiros ao ônibus de Lula será denunciado internacionalmente
https://youtu.be/wjGj2vFThMc?t=1
https://youtu.be/ZODRD21PkyY