O isolamento do PSL na Câmara, o dissenso dentro do partido do presidente sobre a reforma da previdência e a desarticulação política capitaneada por Onyx Lorenzoni deixaram o ministro Paulo Guedes com a ‘brocha na mão’. A equipe econômica do governo não tem esperança de contar com grupos que apoiaram Jair Bolsonaro para turbinar a propaganda em prol da reforma. Nem os apelos de Rodrigo Maia – para o governo alimente seus seguidores na internet – surtem mais efeito. Grupos majoritariamente bolsonaristas, como policiais civis, militares, federais e rodoviários, resistem à reforma.
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que “a reação a mensagens postadas por Carlos Bolsonaro, um dos filhos do presidente, sobre o assunto comprovariam o clima adverso. Ele foi escalado pelo pai para fazer campanha pela Previdência nas redes. ‘Votei no 17 mas nem ferrando eu concordo com a Previdência’, escreveu um internauta ao comentar um vídeo postado pelo vereador no Twitter com Bolsonaro defendendo as mudanças.”
A matéria ainda acrescenta: “‘Seu pai podia fazer uma ‘live’ [ao vivo] explicando como se aposentar aos 33 anos de idade’, escreveu outro, referindo-se ao fato de Bolsonaro ter sido transferido para a reserva remunerada ao ser eleito vereador, em 1988. ‘Nem o Bolsonaro defendia a reforma quando era deputado, pelo contrário, sempre votou contra. Por que agora esperar que os deputados defendam?’, criticou um seguidor de Carlos no comentário em que ele cobrava o apoio de parlamentares.”
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