A condenação pelo TRF4 a 12 anos e um mês de prisão, no caso tríplex, por injusta que seja a decisão dos desembargadores de Porto Alegre, tira Lula do páreo. Este foi o projeto do consórcio midiático-jurídico-financeiro desde o início do golpe. É a mais pura realidade.
O TRF4 conseguiu desarrumar o PT ao tirar Lula do jogo presidencial deste ano. Abriu-se uma disputa interna pelo poder que pode fulminar o partido em outubro. Por isso alguns dirigentes petistas já fazem a pergunta cuja resposta vale um milhão de dólares: “estaria o partido preparado para receber uma emergencial “transfusão de sangue” em pleno processo eleitoral?”
O nome do ex-prefeito paulistano Fernando Haddad como “solução caseira” para 2018 foi descartada pelo próprio. Ele jurou que não é o “Plano B” do PT na eleição de outubro.
Por outro lado, cogitou-se recentemente a “filiação democrática” do senador Roberto Requião ao PT, numa frente ampla, em nome da construção de um projeto de desenvolvimento nacional. O emedebista circula fácil na base petista. Em Porto Alegre, por exemplo, durante o julgamento de Lula, o senador fora bastante requisitado pela militância para selfies nos acampamentos que visitou.
Mas a “transfusão de sangue” para 2018, além de Requião, bem lembrado pelo colunista Ricardo Cappelli, também poderia ser feita com outros “doadores” que estão na pista da esquerda. A saber: Manuela D’Ávila, Ricardo Coutinho, Jaques Wagner, Ciro Gomes, Luiza Erundina e Edmilson Rodrigues.
A questão é: o PT estaria preparado para essa “transfusão de sangue” emergencial nos próximos dois meses? São dilemas que estão sendo discutidos neste momento.
Esmael