Policiais militares invadiram, na manhã desta sexta-feira (27) o acampamento Dandara, no bairro do Benedito Bentes, parte alta de Maceió, queimaram uma bandeira do movimento, invadiram a cozinha coletiva, prenderam uma liderança e anunciavam: “Lula morreu, agora quem manda aqui é Bolsonaro”.
Na versão de Eliane Silva, coordenadora nacional do MTST, no dia 26, nove viaturas da PM foram ao local, revistaram as pessoas e, em seguida, fora embora.
Por volta das oito da manhã desta sexta, 3 viaturas com 3 PMs cada- havia policiais femininas- invadiram o local, falavam o nome do presidente da República enquanto queimavam a bandeira do movimento, e anunciavam a morte de Lula. “Aqui é Bolsonaro, porra”, lembrava Eliane, ao falar dos policiais no instante da invasão.
Ela afirma ter entrado em contato com a Secretaria da Mulher e Direitos Humanos. Segundo resposta da Secretaria de Segurança Pública, não há registro de ações da PM no local.
Relatório anual da OAB alagoana registra 29 denúncias de abusos policiais em 2019- de janeiro a novembro. Com 10 agressões, 7 casos de tortura, 6 invasões domiciliares e dois homicídios.
“Dois casos de supostos abusos foram registrados em Alagoas nos últimos dias. Uma ação truculenta em uma festa beneficente em Colônia Leopoldina, no interior do estado. Imagens mostraram PMs apontado arma para a população, chutando pessoas e atirando para cima em local lotado. O outro caso foi a prisão de uma advogada em Maceió durante o atendimento a um cliente ao questionar se os militares tinham um mandado expedido pela Justiça para realizar buscas na casa”, diz o G1
Policiais militares invadiram nesta sexta-feira (27) a ocupação Dandara, do MTST, em Maceió. Com gritos de “agora é Bolsonaro” e “Lula está morto” , os PMs renderam pessoas, invadiram e quebraram coisas da cozinha coletiva e queimaram livros, bandeiras e documentos dos integrantes do movimento
Brasil de Fato – A ocupação Dandara, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), localizada no bairro de Benedito Bentes, periferia de Maceió (AL), foi invadida por policiais militares na manhã desta sexta-feira (27). De acordo com a coordenadora do movimento no estado, Eliane Silva, em entrevista ao UOL, os agentes gritaram “agora é Bolsonaro” e “Lula está morto” antes da ação.
“Duas viaturas da polícia apareceram aqui na ocupação na manhã de hoje. Fizeram uma ação violenta. Renderam pessoas, mandaram outras entrarem nos barracos, invadiram e quebraram coisas da cozinha coletiva. Rasgaram nossos livros de registros. Gritavam ‘quem manda agora é Bolsonaro’ e ‘Lula está morto’. Tocaram fogo em nossas bandeiras e disseram que tínhamos que trocar pela bandeira do Brasil”, afirmou Eliane Silva ao UOL.
Uma coordenadora do movimento, que não teve a identidade revelada, chegou a ser algemada, mas foi liberada em seguida, antes mesmo de seguir para a delegacia. O MTST, em publicação em suas redes sociais, afirma que a cozinha coletiva do acampamento foi trancafiada pelos policiais e que livros, bandeiras e documentos dos integrantes do movimento foram queimados pelos agentes.
De acordo com o MTST, haverá uma reunião na próxima segunda-feira (30), com representantes do governo estadual – Alagoas é governado por Renan Filho (MDB) –, da Polícia Militar, do judiciário local, para tratar da operação desta sexta-feira.
Procurada, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de Alagoas não se manifestou até o fechamento desta matéria.
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