Agora, trata-se de um suposto “tráfico de influência” que Lula teria praticado ao fazer de um empresário portador de uma carta ao presidente da Guiné Equatorial. Lula já havia deixado há tempos de ser presidente e não ocupava nenhum cargo público, e não menciona nenhum negócio, exceto que Rodolfo Geo, era diretor da ARG, Rodolfo dirige “empresa que já desde 2007 se familiarizou com a Guiné Equatorial, destacando-se na construção de estradas”.
Nem uma vírgula a mais no que, no máximo, poderia ser uma “carta de recomendação”.
Como o crime prescreveu, arranja-se um jeito e de denunciar Lula por “lavagem de dinheiro”, uma vez que a ARG, como dezenas de empresas, fez uma doação de R$ 1 milhão ao Instituto Lula, devidamente registrada, declarada e tributada.
Se fosse para dissimular, como alega o MP, qualquer palestra serviria para encobrir a finalidade e, sabendo como Lula gosta de falar, problema algum seria.
Sem entrar no mérito dos fatos, até porque nem há qualquer prova além da carta de apresentação, a denúncia é absurda.
Não há o menor indicio de que Lula tenha interferido nas decisões de um governo estrangeiro e, muito menos, de que tenha sido uma interferência ilegítima.
Mas, contra Lula, não será de se espantar de que venha a ser aceita.
Afinal, algo tão “claro” como se apresenta, com cartas, e-mails e recibos, ficou dormitando no Ministério Público por dois anos e meio por que razão?
Evidente, esperando chegar a hora dos covardes.
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