O candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), fez fortes declarações contra seus adversários durante sua participação no programa “Roda Viva”, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira (26). Ele chamou o empresário Pablo Marçal (PRTB) de “abjeto, criminoso e marginal” e reiterou que tanto o coach quanto o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) representam o bolsonarismo.
“O Marçal é uma coisa abjeta, um criminoso, um marginal, é isso que ele é. A normalização do Marçal não partirá de mim jamais”, afirmou Boulos, destacando sua oposição ao empresário. Apesar das críticas direcionadas ao empresário, o candidato também focou suas críticas em Ricardo Nunes, associando-o ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Eles têm perfis diferentes e trajetórias diferentes, o que não se pode é normalizar o Ricardo Nunes”, disse o deputado. Ele apontou a relação de Nunes com Bolsonaro como um fator crítico e mencionou que essa conexão levou à saída da ex-prefeita Marta Suplicy da gestão do atual prefeito para se unir a ele.
O deputado federal também refletiu sobre sua trajetória desde os tempos no Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) até sua candidatura à prefeitura. Ele afirmou que sua motivação para entrar na política foi a mesma que o levou a lutar por moradia.
“O que me levou a entrar no movimento de luta por moradia é a mesma indignação que me move hoje a ser candidato a prefeito de São Paulo. A não aceitar injustiça e desigualdade como algo natural, a entender que política não deve ser instrumento para ganhar dinheiro ou manter privilégio, tem que ser um instrumento para mudar a vida das pessoas, para mudar a sociedade […]”, destacou Boulos.
Ele reconheceu ter cometido “excessos” enquanto liderava o MTST, mas defendeu suas ações como uma resposta necessária para representar as pessoas invisibilizadas. Ele também comentou sobre sua visão das eleições na Venezuela, afirmando que considera “absolutamente claro” que houve fraude, e criticou a insistência na questão.
Em relação à situação política na Venezuela, Boulos afirmou que a fraude nas eleições do país é “absolutamente clara”, destacando que o Itamaraty, sob o governo do presidente Lula, não reconheceu a eleição de Nicolás Maduro. Boulos criticou o foco contínuo no tema, chamando-o de uma “forçação de barra”.
Com informações do Brasil 247
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