Após o Comitê de Direitos Humanos da ONU cobrar do Brasil que cumpra acordo que o país assinou ESPONTANEAMENTE e permita a candidatura Lula, a mídia brasileira e o governo Temer mentiram dizendo que a decisão da ONU é apenas “recomendação” que não temos obrigação de cumprir. Agora, a ONU DESMENTE a mídia e reitera seu apoio a Lula.
O jornal O Estado de SP acaba de oferecer meios para entendermos o comportamento da mídia brasileira após ser surpreendida pela decisão da ONU de apoiar pedido do ex-presidente Lula ao Comitê de Direitos Humanos da entidade para que exigisse do Brasil que permitisse sua candidatura neste ano.
Recentemente, o jornal não hesitou em divulgar matéria do seu correspondente em Genebra, na Suíça, Jamil Chade, que informava negativa da sede da ONU naquela cidade de atender pedido de Lula para que o órgão cobrasse do Estado brasileiro a soltura do ex-presidente.
Porém, em seguida ficou claro que o correspondente do Estadão não tem liberdade para publicar no jornal notícias que favoreçam Lula. E a prova disso é a de que o mesmo correspondente Jamil Chade não conseguiu publicar no jornal no qual trabalha manifestação do mesmo Comitê de Direitos Humanos da ONU de apoiar DE NOVO pedido do ex-presidente brasileiro para que possa disputar a eleição presidencial deste ano.
A razão desse NOVO apoio da ONU a Lula se deu porque a mídia brasileira produziu uma campanha de fake news tentando empurrar algumas mentiras aqui no país. A saber:
1 – Que o Comitê de Direitos Humanos da ONU não representa a ONU (?!!)
2 – Que a decisão da ONU sobre a candidatura Lula seria apenas uma “recomendação”
3 – Que a ONU estaria “interferindo” em questões internas do Brasil
As manchetes que sucederam a decisão da ONU de determinar que o Brasil cumpra acordo assinado com a entidade e induziram o público a pensar tudo isso.
Diante disso, o correspondente do Estadão Jamil Chade foi entrevistar Sarah Cleveland, vice-presidente do Comitê de Direitos Humanos da ONU.
O jornalista submeteu a Cleveland as afirmações não só da mídia, mas do governo Brasileiro e do Ministério Público Federal, que também afirmaram que a ONU não determinou nada ao Brasil, que fez, apenas, uma “recomendação” de que o país permita a candidatura Lula.
Contudo, o Estadão se recusou a publicar a verdade levantada por seu próprio enviado a Genebra e este teve que publicar a matéria no site suíço Swissinfo.ch
A vice presidente do Comitê veio a público DESMENTIR a mídia e o governo brasileiros e é extremamente importante que esses fatos sejam divulgados amplamente por todos quantos queiram que o Brasil volte a se tornar uma nação respeitável aos olhos do mundo.
Primeiro, Sarah Cleveland esclarece que o Comitê de Direitos Humanos não é formado por embaixadores dos países-membros da ONU como o Conselho de Direitos Humanos daquela entidade, mas por técnicos indicados pelos seus países-membros para analisar IMPARCIALMENTE todas as questões levadas às Nações Unidas.
Diz o site da ONU que Os membros do Comitê de Direitos Humanos do organismo multilateral não são seus funcionários, mas ES-PE-CIA-LIS-TAS em direitos humanos nomeados e eleitos por quatro anos pelos Estados Partes e que são independentes de qualquer governo ou organização para GARANTIR a isenção das decisões que tomarem.
Dizer que o Comitê de Direitos Humanos da ONU não representa a entidade, portanto, é uma MENTIRA asquerosa.
O segundo ponto esclarecido pela vice-presidente do CDH da ONU é o de que a ONU não está nem interferindo em questões internas do Brasil e que tampouco sua decisão é uma “recomendação”. E para entender por que basta ler o “Protocolo Facultativo referente ao Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos”.
Cleveland esclarece que, já no Artigo 1º do Protocolo Facultativo que o Brasil assinou com a ONU fica bem claro que o país só assinou esse protocolo porque quis, por isso é FA-CUL-TA-TI-VO, e que nesse protocolo fica bem claro que “Os Estados Partes no Pacto que se tornem partes no presente Protocolo reconhecem que o Comitê tem competência para receber e examinar comunicações provenientes de particulares sujeitos à sua jurisdição”
Por fim, a vice-presidente do Comitê de Direitos Humanos da ONU esclarece as consequências de o Brasil descumprir acordo que assinou porque quis concordando em se submeter àquela Organização.
Diz Sarah Cleveland que “Não cumprir com as medidas cautelares significaria que o Brasil estaria violando uma obrigação legal internacional sob o Protocolo Opcional”.
O resultado disso será a desmoralização internacional do Brasil. É equiparável a uma empresa ser protestada em cartório por não pagar suas dívidas. Nosso país ficará com o “nome sujo” no mundo inteiro, conhecido por não cumprir os acordos que faz.
E o pior é que o Judiciário, a mídia e até o governo do país parecem achar isso “pouco”.
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