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A taxa de rejeição do eleitorado feminino ao candidato aumentou oito pontos percentuais desde junho

Jair Bolsonaro segue atrás de Lula nas intenções de voto entre o eleitorado feminino. E lidera o ranking dos presidenciáveis rejeitados por elas

Jair Bolsonaro não agrada mesmo o eleitorado feminino. Divulgada nesta quarta-feira 22, a pesquisa Datafolha mostrou um aumento, entre junho e agosto, de oito pontos percentuais na taxa de rejeição do candidato entre as mulheres, que representam 53% dos eleitores. Do total, 43% delas afirmam que jamais votariam no deputado. Lula aparece em seguida, com 33% de rejeição entre elas.

Apesar do crescimento nos índices de rejeição, o candidato do PSL conseguiu conquistar algumas eleitoras – as intenções de voto a ele passaram de 12% para 14% entre as mulheres. Mas ainda é Bolsonaro o nome com maior diferença nas intenções de voto entre eleitores do sexo masculino e feminino.

Tamanha rejeição tem explicação. No último debate, da Rede TV!, levou uma sova de Marina Silva. A candidata da REDE relembrou o fato de que Bolsonaro acha desnecessário pensar em políticas de igualdade salarial entre homens e mulheres. “Só uma pessoa que não sabe o que é ganhar um salário menor do que um homem tendo as mesmas capacidades, as mesmas  competências, e ser demitida é quem sabe”, disse Marina Silva. E concluiu: “Um presidente da República está lá para combater injustiça.”

É ela, inclusive, quem mais recebe apoio do eleitorado feminino, em um cenário sem Lula, preso por corrupção. 19% declararam voto em Marina Silva se o ex-presidente não participar das eleições. Outras 23%, no entanto, não votariam “de jeito nenhum” na candidata – taxa de rejeição semelhante a dos candidatos Geraldo Alckmin, do PSDB, e Ciro Gomes, do PDT.

Em um cenário com Lula, o candidato do PT receberia 39% dos votos femininos. Na sequência, aparece o nome de Bolsonaro, com 13% de intenções de votos das mulheres, e Marina Silva, com 10%.

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