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Vice-presidente do Flamengo, Marcos Braz, também é investigado pela suposta participação no esquema delatado pelo empresário Marcus Vinícius Azevedo da Silva

A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) estão investigando o senador Romário (PL-RJ) e o vereador Marcos Braz (PL), vice-presidente de futebol do Flamengo, por suposto envolvimento em um esquema de desvio de dinheiro de projetos esportivos da Prefeitura do Rio de Janeiro. Segundo a Folha de S. Paulo, a investigação, iniciada com base em uma delação premiada do empresário Marcus Vinícius Azevedo da Silva, apura indícios de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) foi aberto este mês e está sob sigilo. A relatoria é do ministro Kassio Nunes Marques.

Marcus Vinícius, preso em 2019 na Operação Catarata, é acusado de desviar recursos de projetos sociais e firmou um acordo de delação premiada em 2020 com a Procuradoria-Geral da República (PGR). De acordo com Marcus Vinícius, “o vereador era o responsável pelo recolhimento de valores desviados no esquema que envolveu uma ONG para ‘favorecimento ilícito de Romário’”. Os pagamentos teriam ocorrido entre janeiro de 2015 e março de 2016, período em que Braz esteve à frente da Secretaria Municipal de Esportes, indicado por Romário.

O MPF solicitou informações à Prefeitura do Rio sobre os contratos assinados por Braz com o Centro Brasileiro de Ações Sociais para Cidadania (Cebrac), totalizando R$ 13 milhões. Esses contratos envolviam a gestão de vilas olímpicas, onde os valores pagos teriam sido superiores aos serviços prestados. O delator apontou um direcionamento nos processos de seleção da entidade, resultando em contratos que beneficiavam o Cebrac

Romário, por meio de sua assessoria, afirmou que a delação de Marcus Vinícius é “possui narrativa vaga e imprecisa” e que ele “não responde pelas ações do secretário [Braz] no exercício de suas funções. Ele reafirma sua confiança na Justiça e no inquestionável arquivamento da investigação”. “Trata-se de um criminoso tentando se safar usando o nome do senador mais votado da história do seu estado”, destaca um trecho da nota.

Ainda segundo a reportagem, o Tribunal de Contas do Município (TCM) analisou os contratos e questionou os valores, mas arquivou o processo em 2018 devido à falta de materialidade. Contudo, a análise continua em relação à Vila Olímpica Nilton Santos.

Com informações do Brasil 247

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