O Exército Brasileiro tomou medidas drásticas após militares, no domingo (26), divulgarem uma informação falsa de que um dique havia rompido em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, resultando na evacuação do bairro Mathias Velho, um dos mais afetados pelas recentes enchentes no Rio Grande do Sul.
A ação causou pânico entre os moradores, que foram orientados a deixar suas residências imediatamente, mesmo sem a confirmação do rompimento do dique. No entanto, a estrutura permaneceu intacta, e a informação se revelou falsa.
Fake news gerou clima de tensão e confusão
A divulgação equivocada do suposto rompimento do dique por militares mobilizou moradores e autoridades locais, criando um clima de urgência e tensão desnecessários em uma situação já delicada devido às fortes chuvas e enchentes na região. O falso alarme gerou preocupação e confusão entre os residentes, que buscavam entender a veracidade da informação e como agir diante da situação de emergência reportada pelos militares.
Apesar das orientações das autoridades locais e da mobilização da população em resposta ao alarme falso, a prefeitura de Canoas rapidamente desmentiu a informação sobre o rompimento do dique.
O Exército também reconheceu o erro em nota oficial, pedindo desculpas pelo ocorrido e destacando que medidas administrativas foram adotadas para apurar rigorosamente os fatos e evitar casos similares no futuro.
“Medidas administrativas foram adotadas para apurar rigorosamente os fatos. Os militares diretamente envolvidos foram afastados de suas atividades durante o processo de investigação. A 14ª Brigada de Infantaria Motorizada reitera seu compromisso com a população afetada pela catástrofe ambiental, em especial com os moradores de Canoas-RS e manifesta sua solidariedade a todos os moradores que foram erroneamente informados e pede sinceras desculpas pelo ocorrido”, disse trecho da nota.
Enchentes no RS
As enchentes no Rio Grande do Sul têm causado um grande número de vítimas, com mais de 160 mortos e 56 desaparecidos, de acordo com dados da Defesa Civil. Além disso, o risco de contaminação por leptospirose tem sido uma preocupação, com quatro mortes relacionadas à doença e mais de 1.200 casos suspeitos registrados no estado.
A atuação do Exército na região faz parte da Operação Taquari 2, que visa prestar auxílio humanitário às áreas afetadas pelas enchentes. Uma investigação foi iniciada para apurar as circunstâncias do falso alarme e responsabilidades dos militares envolvidos.
Com informações do Diário do Centro do Mundo
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