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Alguém acredita que a Procuradoria Geral da República teria recusado a delação de Antonio Palocci se esta contivesse indícios minimamente críveis contra o ex-presidente Lula?

Como, se Lula é a obsessão de nove entre dez procuradores que se acham designados por Deus para dar fim ao “lulopetismo que desgraça o Brasil”?

Palloci, rejeitado pelas “forças-tarefa” de Dallagnol e de Janot baixou a rebotalho de delegados e agentes policias para negociar uma delação que, a esta altura, só “vale” pelo que puder produzir com frases de efeito como aquela do “pacto de sangue” com Emílio Odebrecht.

Até porque, para fazer acordos espúrios, para um ministro da Fazenda, ninguém melhor e mais “fácil” que um banqueiro. E banqueiro, no Brasil, é intocável.

A PGR fica, diate do acordo assinado pela PF com Palocci, diante de uma sinuca de bico.

Apoiá-lo significa perder o monopólio da transação penal e assumir que simples policiais possam negociar penas.

Recusá-lo significa dizer que as acusações nele contidas são falsas ou, ao menos, improvadas.

E como fica o Supremo para aceitar uma delação – que é, afinal, uma denúncia criminal – que é rejeitada por quem tem o privilégio constitucional de propor ações penais?

A delação premiada de Palocci, que deve começar a vazar nos próximos dias.

Visa a produzir efeitos de mídia. Juridicamente, Palocci já se tornou um desqualificado, que diz o que quer que seja a quem quer que seja que deseje levá-lo a sério.

O que, a esta altura, fora das delegacias e da mídia policial, é quase ninguém.

POR FERNANDO BRITO